Por Maiquel Rosauro
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) não possui condições orçamentárias de assumir o Hospital Regional de Santa Maria. Pelo menos, não neste momento. Este foi o saldo da reunião realizada, na tarde desta quinta-feira (17), entre o presidente da entidade, Kleber Morais, e o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann.
O encontro ocorreu em Brasília, na sede da Ebserh, e também contou com a presença da superintendente do Hospital Universitário (HUSM), Elaine Resener, e dos vereadores Alexandre Vargas (PRB), Daniel Diniz (PT) e Marion Mortari (PSD).
Conforme Diniz, o presidente da Ebserh sinalizou que a entidade não possui orçamento para assumir o Hospital Regional até o final da gestão do atual governo Federal. Ou seja, até o final de 2018.
“A Ebserh está com seu atual orçamento comprometido. Em 2014, era possível. Agora, a realidade é outra”, observa Diniz.
Em 11 de dezembro de 2014, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado, UFSM e Ebserh para que os três atuassem em conjunto na estruturação e operacionalização do Hospital Regional. A contratação dos funcionários ficaria a cargo da Ebserh e o concurso estava previsto para o primeiro semestre de 2015 (clique AQUI).
Todavia, com a troca de governo estadual, a gestão foi rediscutida no início de 2015 (clique AQUI). Desde então, não há um gestor definido para o Hospital Regional.
Ao menos uma boa notícia surgiu na reunião dessa quinta. Morais garantiu a abertura de 40 leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do HUSM, que é de responsabilidade da Ebserh, cuja obra está em andamento e deve ser encerrada até o final do ano.
Para conseguir a informação (que já era mais do que óbvia) bastava um telefonema. Mas o que custa dar uma voltinha em BSB e tirar umas fotos para agradar a torcida? Dinheiro público é para isto mesmo, para ser gasto.
Quanto ao Hospital Regional, é muito difícil distinguir o que é só má fé e o que é mera incompetência. Em 2014 o prédio não estava pronto (poderia estar pronto se Tarso, o intelectual, quisesse, gastou dinheiro em outras coisas, como os helicópteros, por exemplo). Não dava para ceder a obra, tentou criar um fato consumado no finaleco do mandado.
Os 40 leitos do CTI do HUSM pelo jeito já estavam “garantidos” e ninguém falava muito para “aumentar a pressão”. A “garantia” é só para dar um “final positivo”.