Alguém aí se deu conta de quando recomeçou o trololó em torno da reimplantação da CPMF, o “imposto da saúde”? Salvo engano, tudo teve início com a manifestação de governadores de Estado eleitos em outubro. Especialmente os ligados ao PSB, mas não apenas dele e não somente governistas.
Daí para ganhar destaque na mídia foi um passo. O interessante de tudo isso é que, pelo menos publicamente, ninguém do governo federal, especialmente a presidente Dilma Rousseff, falou disso. Embora pudesse e, repito, este sítio seria favorável.
Então, é a presunção claudemiriana, tudo está com cara de balão de ensaio. Se pegar, pegou. O fato é que, mais que não falar, o governo informa não ter previsão de envio ou mesmo de discussão sobre projeto da CPMF. O que não quer dizer que não ocorra. Deu pra entender? Não? Então confira a reportagem de Célia Froufe, n’O Estado de São Paulo. Ela pode ser bem elucidativa. Acompanhe:
“Governo não tem previsão de criação de impostos, garante Paulo Bernardo…
…O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sinalizou nesta quinta-feira, 11, durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, que a possibilidade de retomada da CPMF, o imposto do cheque, deve sair da pauta das discussões. “A (presidente eleita) Dilma (Rousseff) já disse que não vai mandar proposta para o Congresso e se ninguém falar mais nesse assunto, acho que acabou o assunto”, afirmou. Ele garantiu que o governo não tem previsão de criação de impostos.
Bernardo salientou que, durante o governo Lula, a arrecadação cresceu porque economia estava aquecida e, com isso, houve melhora da arrecadação. “O presidente Lula não criou impostos. Perdemos a CPMF, inclusive, cerca de R$ 40 bilhões anuais, e procuramos fazer adequações ao Orçamento”, argumentou.
O ministro voltou a fazer analogia do governo com a economia doméstica, dizendo que se há interesse em fazer despesas, é preciso arrumar dinheiro. “É que nem em casa, não tem mágica…”
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