Por Maiquel Rosauro
O CPERS/Sindicato deve realizar nesta sexta-feira (29) uma das maiores assembleias de sua história. Apenas o 2º Núcleo, de Santa Maria e Região, envia para Porto Alegre cerca de 370 pessoas em oito ônibus e duas vans.
“O 2º Núcleo vai para Porto Alegre com a maior delegação do Estado”, festeja o diretor geral da unidade, Rafael Torres.
Nesta sexta, o governo do Estado paga, de forma integral, os salários de setembro para os servidores com rendimento líquido de até R$ 1.750,00, o que contempla 40% do funcionalismo vinculado ao Executivo. Ao todo, são 137 mil vínculos com o salário pago no último dia útil do mês.
Em relação ao Magistério, maior categoria do serviço público, 47% dos educadores (76.734 matrículas) terão o salário quitado nesta sexta. Torres acredita que a nova forma de pagamento, que prioriza quem ganha menos, não irá desmobilizações a greve iniciada em 5 de setembro.
“Somente 48% dos funcionários e 19% dos professores vão receber nesta sexta”, alega Torres.
A assembleia geral inicia às 8h30min, no Ginásio Gigantinho. Logo após, os educadores irão se reunir com servidores de outras categorias para um grande ato unificado no Largo Glênio Peres.
Governo x CPERS
Nessa quinta, no Centro Administrativo do Estado, governo e CPERS voltaram a se reunir. A presidente do Sindicato, Helenir Schürer foi recebida pelo secretário de Educação, Ronald Krummenauer, e pelo chefe da Casa Civil, Fábio Branco.
Branco defendeu o fim da greve para não penalizar ainda mais os alunos, pais e os próprios professores. Também ressaltou a importância da adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governo Federal.
“A adesão do Rio Grande do Sul acaba com os parcelamentos salariais já em 2018. Vai possibilitar que o Estado deixe de pagar durante 36 meses as parcelas da dívida com a União. Atualmente, a dívida já não está sendo paga, mas por força de uma liminar que pode cair a qualquer momento”, explicou, acrescentando que isso também possibilitará mais recursos em caixa.
Os representantes do governo também entregaram uma carta ao Sindicato, no qual pedem o retorno dos educadores às salas de aula. O documento também salienta que a greve em nada contribui para a solução do problema, além de prejudicar a vida de pais e estudantes.
Por sua vez, o CPERS diz que a carta do governo reafirma o projeto de destruição das políticas públicas e de privatização de todas as estatais. Helenir também criticou a nova forma de pagamento dos salários.
“Só recebe nesta sexta, quem tem salário até R$ 1.750,00. Quem ganha um real a mais terá zero depositado na conta. Para aqueles que recebem até R$ 4 mil, o depósito deve ocorrer no dia 11 e os demais somente no dia 17. Acabou o parcelamento, mas começou o atraso dos salários”, criticou Helenir.
Diante da falta de respostas concretas às reivindicações dos educadores, o Comando de Greve do CPERS afirmou que o movimento paredista continuará forte em todo o Rio Grande do Sul, até que o governo respeite o que prevê o artigo 35 da Constituição, pagamento em dia e integral dos salários dos servidores até o último dia do mês.
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