ELEIÇÕES. Petistas gaúchos não se empolgam com possível pré-candidatura de Rossetto ao Piratini
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto/Arquivo), da Equipe do Site
O PT/RS prepara-se para anunciar no sábado (9) a chapa majoritária que concorrerá no pleito de 2018. O ex-ministro Miguel Rossetto deve ser lançado como pré-candidato a governador, enquanto que o senador Paulo Paim irá buscar a reeleição no Congresso. Nos bastidores, a notícia não empolga a militância.
O site conversou com fontes de dentro e fora do partido para entender a realidade que o PT enfrenta em nível estadual. Abaixo, confira os diferentes cenários apontados para a corrida ao Piratini:
Não ter candidato a governador – Esta foi uma hipótese discutida dentro do partido, mas que perdeu força quando o PCdoB surpreendeu ao lançar a deputada estadual Manuela D’Ávila como pré-candidata à presidência da República. Devido à escassez de candidatos de expressão dispostos a concorrer, alguns petistas entendem que seria um bom negócio ser vice numa eventual chapa com Manu no Estado.
Por outro lado, há os que entendem que este seria um “suicídio político” já que, dependendo da coligação, o partido correria o risco de perder metade das cadeiras que hoje possui na Assembleia Legislativa. Além disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito às lideranças do partido que a eleição do próximo ano será a mais importante desde o pleito de 1989, e que era inadmissível o PT não ter um candidato a governador no Rio Grande do Sul.
Miguel Rossetto – O ex-ministro não esconde suas intenções em concorrer e anda percorrendo todo o Estado. Porém, sofre resistência interna, já que seu nome não empolgaria a militância. Alguns petistas temem até não participar de um possível 2º turno na próxima eleição se Rossetto concorrer. Caso seu nome se confirme no sábado, antes de pedir o voto dos eleitores, terá que convencer os petistas de que pode fazer uma campanha vibrante.
Paulo Paim – Fontes de fora do PT afirmam que o senador “renasceu” com a Reforma da Previdência. Paim é um dos mais ferrenhos críticos da proposta e seu nome sempre esteve ligado à questão previdenciária. Embora tenha sido cogitado na disputa pelo Piratini, deve mesmo buscar a reeleição no Senado.
Olívio Dutra – É o nome preferido da militância e, dizem, de Lula. Muitos entendem que, na atual conjuntura de reconstrução política e busca pela ética, o ex-governador seria o nome perfeito para 2018. Petistas afirmam que Lula já ligou algumas vezes para Olívio, porém o Galo Missioneiro não demonstra interesse no pleito.
Tarso Genro – O antecessor de José Ivo Sartori (PMDB) no Piratini não tem a intenção de concorrer em 2018. Uma liderança graúda da sigla afirma que o ex-governador enfrenta um problema pessoal e que o partido não pode, neste momento, exigir sua candidatura.
Paulo Pimenta – A tendência interna PT Amplo e Democrático, do qual Pimenta faz parte, defenderia seu nome para concorrer a governador caso Tarso e Olívio “abraçassem” a causa e acompanhassem o deputado federal durante toda a campanha. Porém, há raras chances desta hipótese se tornar realidade, já que o partido entende que Pimenta não deve encontrar dificuldades em sua reeleição para deputado federal em 2018.
Dilma Rousseff – Seu nome é considerado carta fora do baralho, já que ela disse aos seus pares que não avalia uma candidatura ao Piratini neste momento.
Quero ver o que vai acontecer com todas as correntes do PT quando Lula “no more”. Peleia e apaziguamento ou racha?
Mais propaganda. Manuela D’Ávila é “jornalisticamente” tratada como “Manu”.
Rossetto é praticamente um Alckmin.
Paim quer continuar a enrolar os aposentados. Votar por salário-mínimo menor e depois ir para a tribuna do Senado, chorar lágrimas de crocodilo e dizer que é “soldado do partido”.
Olívio faz 77 anos ano que vem. Problema é o mesmo de quase todo partido, pés de eucalipto não desenvolveram lideranças com medo de serem “escanteadas”, ficaram sem sucessão. Para ter alguma vantagem competitiva apelam para os antigos. Detalhe: dilmisticamente o objetivo é ganhar de qualquer jeito, depois “a gente vê”.