SALA DE DEBATE. Num dia leve, memórias que se perdem, trânsito para a UFSM e a “janela da traição”
Um programa naturalmente mais leve. É o “Sala de Debate” das sextas-feiras, na Rádio Antena 1, entre meio dia e 1 e meia da tarde. Não foi diferente hoje, com a ancoragem de Roberto Bisogno e a participação deste editor e dos convidados do dia, Orlando Fonseca e Antonio Candido de Azambuja Ribeiro (retornado de férias).
Obviamente que a leveza com que os temas são tratados noão os torna menos importante. Afinal, tratar da “janela da traição” (período em que detentor de mandato pode trocar de partido sem perda por infidelidade) é algo sério. Como também são as lembranças acerca de um tempo em que era mais fácil trafegar da cidade ao campus da UFSM e outras memórias que se perdem, não raro muito importantes para a compreensão do que ocorre no presente.
Pessoas não conseguem enxergar além do que veem ou querem ver. Juventude está saindo do Facebook (Twitter já não é o que costumava ser) e migrando para o Instagram. Segundo lugar é do Youtube, logo os adolescentes estão abandonando o texto pela imagem. Ou seja, nem os 140 caracteres (já não existe o limite) sobreviverão no futuro.
A “juventude vai mudar o mundo” é otimismo sem fundamento. Perto de 75% da humanidade vive na África e na Asia. Ou seja, a menos que de cada 20 crianças se conheça 12 asiáticas e 3 africanas, a projeção “mundial” é furada. Observando somente os netos e amigos dos netos (escolhidos por similaridade) em uma única cidade não é amostra que represente nem a própria aldeia, quanto mais o mundo.
Futuro pertence às novas gerações, seja para cometer novos erros, seja para cometer antigos. Faz parte da natureza humana. O resto é conversa de velho.
Questão das redes sociais não é tão pacífica assim. Influência nas eleições por aí não pode ser medida e as fake News não saíram somente de um partido (seja nos EUA, seja no UK).
Alan Turing virou Alain Touraine. Bit virou “algoritmo”. É uma “versatilidade” espantosa. Alás, o “rentista” é a desqualificação de praxe (noção de que existe uma montanha de dinheiro parada é ridícula). Alás, vermelhinhos guardam o dinheiro embaixo do colchão em casa? Trump é o que é, sem julgamento de valor, opinião dos vermelhinhos (para variar) é irrelevante. Alás, quem morreu e deixou os vermelhinhos encarregados de julgar a humanidade? Como tática sempre definem o que os outros “são” e acham um rótulo depreciativo.
Caminhões grandes e buracos: só enche o saco, nada muda.
Ar condicionado em ônibus não é assunto para peru-de-fora. Existe custo e não vai ser o empresário que vai pagar, tem que aumentar o preço da passagem. Além da instalação aumenta o consumo de combustível.
Tempo da Excal,(ônibus amarelo) parada era na frente do Senac. Fiscal da prefeitura praticamente ajudava o fiscal da empresa a colocar mais gente no ônibus. Mesmo depois que a empresa fechou e assumiu o consórcio a tática era a mesma: quando o carro estava quase cheio trancava-se a fila. Alguém com muita pressa ainda podia conseguir lugar. De noite, depois de um certo horário não tinha linha Campus, quem ficasse tinha que caminhar até a faixa e pegar o Camobi.