LÁ DO FUNDO. Kaus e a “cristianização”; Harrisson não apareceu; Fabiano; Araújo, o “nosso, genuino…”
– Em 1950, o PSD lançou o mineiro Cristiano Machado para a Presidência da República. Em meio à campanha, manteve a candidatura, mas sua militância e dirigentes, na prática, fizeram campanha mesmo foi a Getúlio Vargas, o futuro vencedor.
– Desde então, quando um partido larga um candidato oficial “na estrada”, mantendo seu nome, mas não dando a minima para ele na campanha, se diz que a agremiação “cristianizou” o sujeito ou a sujeita.
– Pois é o que se imagina possa acontecer agora, em Santa Maria, com o PMDB e a pré-candidatura de João Kaus. Que até pode se confirmar oficialmente mas… quem fará campanha por ele, exceto ele próprio e seus militantes?
– Em tempo: a maior parte dos peemedebistas que fazem campanha está mesmo é com Roberto Fantinel, assessor especial do governador, com vida educacional e política (atuou no governo Schirmer0 em Santa Maria e nascido na Quarta Colônia.
– Subsidiariamente, outros candidatos totalmente forasteiros já estão recebendo apoio e militância de peemedebistas santa-marienses. Quer dizer…
– Para fechar: parece bastante óbvio que João Kaus, embora desejasse se eleger deputado estadual, acabará aproveitando a campanha para a Assembleia para antecipar a busca de votos para… vereador.
– Aliás, no encontro do PMDB de sexta-feira, exceto Kaus, não havia mais parlamentares: Francisco Harrisson e Adelar Vargas não apareceram.
– A propósito, na pré-candidatura de Harrisson a deputado federal ninguém falou. O que permite supor que o “lançamento” do nome dele, meses atrás, foi apenas um balão de ensaio. Que furou.
– Não obstante as dificuldades, e até algum (ou mais que isso, até) ceticismo de muitos dirigentes do PP, há quem acredite firmemente na possibilidade de sucesso da candidatura de Vanderlei Araújo para a Assembleia Legislativa, confirmada pelo diretório municipal na semana passad.
– Um dos fieis apoiadores de Araújo é o vice-presidente local e coordenador Mauro Bakoff. Que, em conversa com o escriba, anunciou a peregrinação regional que ele e outros militantes pretendem fazera, em favor do vereador santa-mariense.
– Falou textualmente Bakoff: “agora, nós vamos circular a região em busca de paoios para a candidatura do nosso, genuino e do povo”, como é alcunhado o pré-candidato santa-mariense do PP.
– Já se escreveu aqui sobre a “pressa da desincompatibilização”, que acomete (justificadamente, que se diga) quem é obrigado legalmente a deixar o cargo que ocupa, para poder concorrer.
– Para entender melhor, basta ver o que tem feito, nos últimos dias, em Santa Maria, o secretário estadual de Obras, Fabiano Pereira, do PSB. São inaugurações e mais inaugurações, assinaturas de ordens de serviços e similares.
* Aliás, essa agenda deve ficar ainda mais pesada, inclusive em outras regiões, até 6 de abril, quando precisará deixar suas funções, no governo Sartori.
O Fabiano sempre me lembra de um sucesso do pagode dos anos 90: “vou nadar e morrer, na beira da praia…”
Existe um chavão por aí, afirma que ninguém pode ser candidato de si mesmo. Forçar uma situação é falta de habilidade política.
Divulgar ter atuado em certo governo ė dar um tiro nos dois pés, melhor “omitir” certa informação.