CÂMARA. Prefeito pede celeridade na discussão do Plano Diretor e anuncia segunda etapa do “Fila Zero”
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site
A primeira visita do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) ao Legislativo, em 2018, foi marcada por um longo discurso na tribuna. Durante a sessão especial dessa quinta-feira (22), o tucano destacou ações realizadas em seu primeiro ano de mandato e também fez pedidos e promessas.
Pozzobom iniciou seu discurso enumerando as emendas destinadas para a cidade, muitas por intermédio dos vereadores junto a deputados. Ele também festejou a redução de despesas na Prefeitura, como 41% em material de consumo, 22% em telefone e 15% em combustível.
O tucano comemorou o sucesso do Mutirão Fila Zero, que em sua primeira etapa atendeu 64 mil pessoas e zerou a fila em 212 dias.
“Na segunda etapa do Fila Zero nossa meta é acabar com as filas de madrugada nos postos de saúde”, prometeu o prefeito.
Em relação ao Plano Diretor, Pozzobom disse que não sabia da exigência de ter o projeto atualizado para conseguir os R$ 50 milhões do Programa Avançar Cidades. Em entrevista ao final da sessão, ele comentou que o Ministério das Cidades não cobra um prazo para a aprovação. Contudo, solicitou celeridade aos vereadores.
“A minha preocupação é a seguinte, daqui a pouco inicia o ano eleitoral e não haverá tempo hábil para discussão. Porém, eu não abro mão, em hipótese alguma, que essa Casa faço o devido, justo e necessário debate Legislativo, porque o Plano Diretor envolve a cidade inteira”, afirmou.
O prefeito anunciou que o Instituto de Planejamento (Iplan) está à disposição dos vereadores para tratar do Plano Diretor. Na próxima terça-feira (27), deverá ser formada na Câmara a Comissão Especial que irá tratar do tema. Já na quinta-feira (29), os 21 vereadores irão discutir o assunto com o Sinduscon, em reunião no Legislativo.
Abaixo, confira na íntegra a sessão com o discurso do prefeito:
Discurso não convence G11
Antes de a sessão ter início, o prefeito realizou duas reuniões na Sala da Presidência. Uma com todos os vereadores presentes e outra apenas com o Grupo dos 11 (que reúne oposição e dissidentes de base). Pozzobom foi cobrado pelo líder da oposição, Valdir Oliveira (PT), quanto a não atender os parlamentares na Prefeitura.
“Valdir perguntou por que eu não tinha recebido eles ainda, porque era meu dever institucional primeiro vir aqui (na Câmara). Nos próximos dias, a partir de 2 de abril, vamos receber todo bloco de oposição”, alegou o prefeito.
Já o petista espera que a reunião a portas fechadas surta efeito e melhore a relação entre Legislativo e Executivo. Valdir criticou ao atual líder do governo na Casa, João Ricardo Vargas (PSDB), que divulgou nas redes sociais que a oposição estaria atrasando as discussões referentes ao Plano Diretor (AQUI).
“É inadmissível que o líder do governo faça este tipo de postagem, pois acaba desmoralizando cada vez mais o Legislativo. Deixamos muito claro para o prefeito que queremos que a cidade avance, evolua e os problemas sejam resolvidos”, argumentou Valdir.
O líder da bancada do PT, Daniel Diniz, foi ainda mais crítico ao governo. Ele aponta que o prefeito não citou o Hospital Regional e o Restaurante Popular em seu discurso.
“O CD segue o mesmo, a música é a mesma, isso não podemos tirar do prefeito, ele tem um bom discurso, mas a realidade da cidade é outra”, ressalta Diniz.
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“Em sessão especial na Câmara, prefeito Jorge Pozzobom detalha ações de Governo no ano de 2017”, por Mariana Fontana (texto) e Deise Fachin (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura (AQUI)
Daniel Diniz quer sentir o aroma do restaurante popular funcionando.
Valdir é otimista, preocupado com a desmoralização como se o legislativo local ainda tivesse alguma moral. Fim de março e nada de útil.
O Cladistone é bom em duas coisas; festa e procrastinação. E economizar é bom, mas comemorar a economia pela economia, citando isso como a grande realização do governo, é confessar que não fez e não pretende fazer nada…
Celeridade? Espera aí, está certo que a Câmara gosta de um atrapalho, mas esse projeto não pode ser aprovado de olhos fechados. Se tirarem da agenda as trocentas homenagens e moções e as confusões de colégio de praxe, como complicam por nada, a coisa vai, mas deve ir no ritmo que a complexidade da análise do plano exige.