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SEGURANÇA. Estatística oficial mostra tendência de queda nos crimes contra a vida no RS, fala Schirmer

Para Schimer, os números refletem o esforço em fornecer recursos necessários ao desempenho dos órgãos da Segurança Pública

Por CLAITON SILVA (texto) e RODRIGO ZIEBELL (foto), da Assessoria de Comunicação da SSP/RS

Os crimes contra a vida mantiveram, no primeiro quadrimestre de 2018, a tendência de queda registrada em 2017 no Rio Grande do Sul. O balanço dos dados estatísticos da criminalidade, apresentado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), nesta sexta-feira (18), aponta redução de 36,5% nos índices de latrocínio e de 25,9% nos homicídios, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em Porto Alegre, as ocorrências de homicídio doloso diminuíram 26,1% e as de latrocínio, 25%. A redução do número de vítimas fatais nos índices de homicídio doloso também se manteve, chegando a 24,6% no estado e na capital – um total de 281 mortes a menos no RS e 72 vítimas a menos em Porto Alegre, em comparação com o mesmo intervalo em 2017.

Para o secretário Cezar Schimer, os números refletem o esforço do governo estadual em fornecer recursos humanos e materiais necessários ao desempenho das funções dos órgãos da Segurança Pública. “Os números absolutos ainda são altos, mas o que vemos é a manutenção de uma curva descendente que comprova a efetividade dos investimentos feitos nas instituições e no ingresso de novos servidores”, afirmou

Indicadores de eficiência

A partir de agora, os indicadores de eficiência da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil (PC) serão divulgados junto aos indicadores da criminalidade. Dessa forma, o processo torna-se mais transparente, possibilitando à população o conhecimento amplo do trabalho desenvolvido pela Segurança Pública gaúcha.

O balanço da PC aponta alta na apreensão de armas de fogo, prisões em flagrante e cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão. O grande destaque, no entanto, está na apreensão de entorpecentes, com alta de 282,96% na apreensão de ecstasy e 272,24% na apreensão de cocaína – drogas que demandam maior investimento financeiro por parte das quadrilhas de traficantes.

Para o chefe da PC, delegado Emerson Wendt, os números positivos refletem a filosofia de trabalho da instituição, focada na qualificação das investigações e na segmentação do trabalho e representada pela criação de delegacias especializadas em crimes como lavagem de dinheiro e abigeato. “Estamos asfixiando o poder financeiro dos grupos criminosos e desarticulando a cadeia de comando, nas mais diversas frentes. Os resultados são positivos e poderão ser avaliados ainda mais profundamente quando apresentarmos os demais indicadores de produtividade”, garantiu.

A BM apresentou alta na apreensão de entorpecentes – destaque para 71,92% na apreensão de crack –, e de dinheiro em espécie. Também foi registrado aumento no número de prisões em flagrante e prisões de foragidos. De acordo com o coronel Jefferson Jacques, comandante do Policiamento da Capital, o reforço no efetivo e os investimentos no reaparelhamento da corporação já surtiram efeito. “É possível planejar as operações e executá-las com mais efetividade. A recente aquisição de motocicletas, por exemplo, permitiu que déssemos início à Operação Cavalo de Aço, para combater com mais agilidade e mobilidade delitos como o roubo de veículos, que tem influência direta nos índices de latrocínio”, observou.

Divulgação oficial

Em 2016, a divulgação dos indicadores de criminalidade era semestral. A partir da mudança na gestão da SSP, passou a ser trimestral. Com as medidas adotadas pelo secretário Cezar Schirmer, como a reestruturação do Observatório da Segurança Pública, foi possível reduzir o espaço de tempo entre as divulgações. A partir de maio, os dados passarão a ser publicados no site da SSP mensalmente.

Ao todo, 17 indicadores são analisados. Eles representam os crimes de maior potencial ofensivo contra a vida e contra o patrimônio. Apenas um índice avaliado registrou alta em âmbito estadual: o estupro de mulheres.

Indicadores

Homicídio doloso: – 25,9%
Latrocínios: – 36,5%
Furtos: – 13,8%
Abigeato: – 28,8%
Furto de veículos: – 14,0%
Roubos: – 21,5%
Roubos de veículos: – 8,2%
Estelionato: – 7,1%
Furtos de bancos: – 45,3%
Roubo de bancos: – 35,7%
Furto de comércio: – 20,6%
Roubo de comércio: – 31,4%
Roubo de usuários de transporte coletivo: – 58,8%
Roubo de profissionais de transporte coletivo: – 33,7%
Ameaça contra mulheres: – 2,8%
Lesão corporal contra mulheres: – 3,3%
Estupro de mulheres: 4,9%

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