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ELEIÇÕES 2020. Os ressacados, os que se infiltram e os grandes eleitores: Jorge Pozzobom e Paulo Pimenta

Pozzobom e Pimenta, observados por Cechin, Admar e Diniz: líderes do PSDB e do PT são os grandes definidores do próximo pleito

O calendário dos politicos, como os leitores desse espaço já estão cansados de saber, é muito particular e nada a ver, necessariamente, com o da “folhinha”. Sem mais delongas, por exemplo, se pode dizer que 2020, data da eleição municipal, está ali na esquina e não longe, como os seres normais bem sabem. Vai daí que já é possível, por exemplo, observar alguns movimentos visando ao que acontecerá dentro de dois anos em Santa Maria.

Resumidamente, e apenas para situar nosso leitor, aqui vai um pequeno resumo. Certamente incompleto, pois alguns movimentos ainda são imperceptíveis, embora existam, pode estar certo. Da mesma forma, há agremiações que apenas tateiam, sem deixar claro (inclusive porque não tem cacife político-eleitoral) o que pretendem, se é que sabem.

Dito isto, dividamos os atores do processo em três grupos (que mudarão ao longo do tempo, com certeza) e coloquemos algumas informações/avaliações para o leitor/eleitor.

OS GRANDES ELEITORES

Aqui há poucas (embora existam, claro) chances de mudança. Não há indicativo, hoje, capaz de mudar o fato de o PSDB e o PT serem os protagonistas possíveis da disputa. E, nesse contexto, os grandes eleitores são o prefeito Jorge Pozzobom e o deputado federal Paulo Pimenta.

O tucano, afora ser o titular do cargo e virtual (ainda que negue de pés juntos e talvez até não deseje, pessoalmente) concorrente à reeleição, tem o peso da caneta, uma aliança aparentemente consolidada com o PP e seu vice Sérgio Cechin, e a estatura de líder perfeitamente visível e não contestada.

O petista é líder incontestável do PT santa-mariense, com a maioria do Diretório, da Executiva e amplo apoio dos filiados e formou, com o deputado estadual Valdeci Oliveira (a quem se alia e com quem se compõe, internamente), uma dobradinha supervitoriosa no pleito de outubro. Vai bancar Valdeci para a disputa de 2020. Ou, o que é bastante improvável, será o avalista político de qualqur outro nome que venha a concorrer.

OS QUE SE INFILTRAM

É legítimo imaginar que, como o próprio pleito presidencial expôs, seja possível surgir uma “terceira via”, capaz de desmanchar a polarização PSDB/PT também em Santa Maria. Ainda que a conjuntura local seja diferente, e que não aponte consistentemente para essa circunstância, é claro que tentar seja viável.

É no que parece acreditar, por exemplo, o pedetista Marcelo Bisogno. Seu partido se movimenta. Tenta explicar porque é oposição, se sua vereadora vota sempre com o governo, faz reuniões extrapartidárias, para ampliar o leque de apoios e, enfim, busca se viabilizar. E se infiltrar entre os grandões, buscando usufruir, se a polaridade for quebrada.

Nesse grupo ainda não se sabe como se mexerá o PTB, que é oposição local e parceiro estadual do PSDB e que mostra boa relação com o petismo na boca do monte. Uma incognita a esperar os próximos movimentos. De outro lado, é conhecida a posição do segundo vereador mais votado da cidade, Marion Mortari (PSD), que também fez votação digna para para a Assembleia. Ele quer ser vice. Resta saber de que lado e se será aceito. Mas trabalha pra isso.

OS RESSACADOS

Esse grupo é grande – se computados os dois pleitos mais recentes, 2016 e 2018. Inclusive o PRB de Jader Maretoli e Alexandre Vargas, que imaginava ser possível uma votação melhor do primeiro para a Assembleia e catapultá-lo para nova e competitive disputa municipal. Não deu. Terá que refazer pontes.

Mas, inclusive pelo tamanho e pela ambição, não há dúvida: a ressaca maior é a que experimentam o PSB e o MDB. O primeiro tem a hegemonia absoluta do ex-deputado e ex-secretário e ex-candidato a prefeito Fabiano Pereira. Que, no entanto, fracassou nas urnas de 2016 (em dobradinha com o P-MDB) e, especialmente, 2018. Mais que refazer, terá que, talvez, construir novas pontes, para tentar a habilitação aos grandes outra vez.

O segundo… bem, o segundo foi governo oito anos, não conseguiu fazer o sucessor (nome importado do PSB) e agora, sem também o governo do Estado, terá que, antes de tudo, resolver suas pendências internas. Completamente fracionado, o MDB tastaveia. A ponto de não se ter a minima ideia do que poderá apresentar em 2020. A ressaca dura dois anos. E corre o risco de se ampliar, com a divisão evidente, e maior, entre schirmistas e não schirmistas, adesistas (ao governo Pozzobom) ou oposicionistas e outras fraturas eventualmente desconhecidas.

O QUADRO

Ora, o que você leu acima é sujeito, claaaro, a chuvas, trovoadas e todas as discordâncias possíveis. Mas é isso. E talvez mais alguma coisa. Menos, não.

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2 Comentários

  1. Fabiano tem que voltar para o Casarão e reconstruir a base. Saiu do PT porque não tinha espaço, é evidente. Agremiação tem dono na cidade, mais do que óbvio.
    Quanto aos prognósticos é melhor esperar. Tem muito espaço para imprevistos.

  2. Mais que construir novas pontes tem que reconquistar os espaços, ou melhor, fazer a autocritica e reagrupar o que dividiu.

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