BASTIDORES. O que se sabe sobre a eleição para a Mesa Diretora da Câmara, na tarde desta quinta-feira
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site
A tarde desta quinta-feira (27) vai ser tensa na Câmara de Vereadores de Santa Maria. A sessão visa a eleger a Mesa Diretora do Legislativo para 2019 e, até o momento, há uma incógnita sobre quem se sairá vencedor: a oposição ou o governo?
Na teoria, a conta é simples. O Grupo dos 11, composto por seis vereadores dissidentes da base do governo Jorge Pozzobom (PSDB) mais os cinco oposicionistas, conta com um membro a mais que o Grupo dos 10, formado pela base fiel ao prefeito. Porém, o vereador Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB) está indeciso sobre continuar no G11 ou voltar a transitar no ninho tucano, onde esteve em 2017.
“Aonde eu vou, vou sempre com a cabeça erguida. Meu compromisso é com a comunidade de Santa Maria”, disse o vereador ao site em entrevista na semana passada.
Como ainda não definiu seu voto, Alemão acabou colocando seu nome no meio de diversas especulações. Nos bastidores, há quem aponte que o governo ofereceu cargos (situação que Alemão negou na entrevista ao site) e até que Fabiano Pereira, presidente do PSB/SM, estaria articulando o voto do vereador em troca de uma secretaria.
“Eu não participo, e muito menos o partido, de qualquer articulação junto à Câmara de Vereadores. Há meses não falo com o vereador e qualquer membro de sua assessoria. Aliás estes já se declararam independentes do PSB”, assegura Fabiano.
Diante de um voto imprevisível, os dois grupos estão cautelosos. Enquanto o G11 afirma ter confiança na permanência de Alemão, o governo decidiu não arriscar e investiu suas fichas em Ovídio Mayer (PTB) nessa quarta. Porém, após uma reunião da bancada do PTB, o vereador não sinalizou qualquer intenção em virar a casaca.
A situação está tão truncada que ambos os lados estão em dúvida de como montar suas nominatas para a eleição desta quinta. Até o início da noite de quarta, nenhuma chapa estava formada.
No G11 há uma certeza, Adelar Vargas – Bolinha (MDB) será o candidato à presidência. Seu nome já é conhecido como postulante desde março. Os demais cargos (1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 1º suplente e 2º suplente), que precisam ser entregues antes do pleito, serão decididos nesta quinta.
“Ainda faltam alguns ajustes. Mas o Bolinha é certo que será o candidato a presidente”, confirma Alexandre Vargas (PRB), cujo mandato se encerra na próxima segunda (31).
No G10 há mais dúvidas do que certezas. Surgiram três nomes para concorrer à presidência: Cida Brizola (PP), João Chaves (PSDB) e Francisco Harrisson (MDB). Este último seria uma terceira via, porém seu nome já foi cortado em virtude de que Bolinha também é do MDB. Obviamente, o governo não quer aprofundar uma crise em uma legenda da base aliada.
Sobraram então Cida e Chaves. A progressista, ano passado, colocou a cara a tapa e foi a candidata derrotada por Alexandre Vargas. Nesta quinta, ela só deverá ser a cabeça de chapa se tiver a certeza de que Alemão votará com o G10. Por outro lado, Chaves, atual líder do governo na Câmara, colocou seu nome a disposição e tem cacife de sobra para encarar uma eleição contra o G11. O problema é que o tucano sofre resistência interna no PSDB para ocupar tal posto. A tendência é de que o candidato seja decidido no 7º andar do Centro Administrativo.
“Estamos conversando. Estou colocando meu nome. Mas é uma construção. Nada ainda definido”, informou Chaves.
A decisiva sessão ordinária inicia às 15h. Além da eleição da Mesa Diretora, também será formada a Comissão Representativa que se reunirá durante o recesso parlamentar, em janeiro e fevereiro.
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