LÁ DO FUNDO. PSL e a falta de quadros, (parte d)o MDB sorri, Werner, questão do PP, janela da traição…
Por CLAUDEMIR PEREIRA (com foto de Reprodução), Editor do Site
– O grande handicap do PSL em Santa Maria é o fato de ser o partido do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Mas isso não tem sido suficiente, por enquanto.
– Sim, no outro lado da moeda, o grande problema da sigla bolsonarista é a ausência de um número significativo de quadros.
– Isso, sobretudo se pretender mesmo ter nome próprio a Prefeito, mas também para compor uma lista competitiva à Câmara, capaz de alcançar o quociente eleitoral e eleger pelo menos um vereador.
– Que se diga: esse não é um problema apenas do PSL. Todos os outros partidos, de médio para pequenos, enfrenta a mesma dificuldade.
– Tome-se, para exemplificar, o PC do B. Os comunistas do B têm um trunfo importante, o médico e militante Werner Rempel (foto ao lado), recém-chegado do incorporado PPL.
– Já se sabe que ele vai concorrer. O ideal seria à Câmara, para “puxar” votos (pessoais e não necessariamente partidários) para a legenda, quem sabe até se elegendo.
– Para que isso aconteça, porém, só se a agremiação encontrar um nome de visibilidade suficiente e que agregue apoios também para candidatar-se à Prefeitura, elevando o número de votos no 65.
– Há algo, porém, que este editor garante: Werner Rempel sera candidato em 2020. Só não se sabe a quê. Ah, e isso não é convicção, mas informação.
– Ninguém duvida da unidade existente entre Jorge Pozzobom (PSDB) e Sérgio Cechin (PP). Ambos desenvolveram uma relação absolutamente leal e amiga. É reconhecido por todos.
– Isso, porém, não significa necessariamente que estarão juntos em 2020. Aliás, se depender de boa parte do partido do vice (não se sabe, ainda, se a maioria), haverá separação e Cechin concorre a Prefeito.
– É nessa onda que poderão surfar outros dois partidos relevantes na cidade. Um é o Democratas, outro é o MDB.
– No caso do DEM, cresce a ideia de buscar uma união (e isso ideologicamente faz todo sentido, dada a gênese arenista de ambos) com o PP, oferecendo um nome de vice para Cechin.
– Já o MDB tem que, primeiro, se entender. Mas, hoje, há gente sorrindo com a possibilidade de uma desunião governista, dado o sonho de um grupo significativo de oferecer um vice para Pozzobom.
– Boa parte desse enrosco interno do emedebismo tende a se desembrulhar em agosto, quando acontece a convenção partidária.
– Se o encontro fosse hoje, haveria duas chapas bem distintas. Uma pró-governista, que tem cargos na Prefeitura e assim pretende manter, inclusive ampliando espaços.
– A outra acredita que o caminho melhor é o dissenso e a candidatura própria. Tem entre seus integrantes ex-secretários do governo Schirmer, mas não apenas.
– O que parece unir as duas partes é que, se for vitoriosa a tese de disputar o pleito em faixa própria, o nome favorito para liderar a chapa à Prefeitura é Marta Zanela (foto acima).
– A, veja só, secretária municipal de Cultura, não pretenderia mais concorrer à Câmara de Vereadores e, de bom grado, assumiria a candidatura ao Centro Administrativo.
– Duas, para fechar a conta. Uma: tem gente, na Câmara, só pela chegada da janela da traição, em março de 2020. É o mês em que será possível trocar de partido sem perder o mandato.
– Há ao menos um caso, o de Jorge Trindade, em que está em jogo a sobrevivência política. Não há ninguém, nem ele, a crer que o Rede, só com os votos do atual edil, alcance o quociente eleitoral.
– Outra: é dada como inevitável (e você leu isso linhas acima), mantida a conjuntura, a disputa interna, na convenção de agosto, pelo controle politico do MDB santa-mariense.
– Antonio Carlos Lemos, nesse caso, é dado como certo que seja o candidato a presidente do grupo que, majoritariamente, fez parte do primeiro escalão do governo Schirmer. Aliás, Lemos já ocupou o cargo, anos atrás.
Handicap não é bem o que o editor pensa que é. Bom consultar um amansa-jornalista.
Caso Cechin é fácil de resolver, só tem uma opinião que conta, a do próprio.
Zanela não se elege prefeita, muito difícil. Vereadora talvez. Existe a crença de que o candidato majoritário puxa votos para o legislativo. Não sei se isto foi verdade ou se ainda é.
Schirmer na aldeia é sinônimo de governo incompetente.