BASTIDORES. Duas oposições contra Pozzobom, união no MDB, Daniel Diniz e os cálculos de Helen Cabral
PT e PCdoB estão alinhados, enquanto de outro lado posicionam-se PP e MDB
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Por Maiquel Rosauro
As negociações para a eleição da Mesa Diretora do Parlamento, que será realizada em 1º de janeiro, demonstram que o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) terá que encarar duas oposições a partir de 2021. Uma de esquerda, outra de direita.
PT e PCdoB, mesmo negociando um acordo administrativo com PSDB para o controle da Casa, estão firmes em um bloco de oposição. Por outro lado, PP e MDB posicionam-se como outro bloco oposicionista.
A tendência é de que, ao contrário da atual legislatura, o PT não tenha a liderança da oposição, hoje, nas mãos de Valdir Oliveira. PT e PCdoB possuem quatro vereadores, enquanto PP e MDB têm sete.
É provável que o líder da oposição seja João Ricardo Vargas (PP) ou Tubias Calil (MDB), os nomes mais experientes do PP e do MDB.
MDB unido
O atual presidente da Casa, Adelar Vargas – Bolinha (MDB), informou ao Site que não apoiará para a eleição da Mesa Diretora um candidato contrário aos interesses do MDB. Bolinha era um nome especulado na aliança em formação que aproxima PT e PSDB.
“Eu vou seguir as diretrizes do meu partido. A bancada está unida, e o que for decidido acatarei”, afirma o presidente.
Na atual Legislatura, Bolinha sofreu grande pressão da legenda por ser o único emedebista a integrar o Grupo dos 11, bloco de oposição que venceu duas eleições da Mesa.
Um momento inusitado ocorreu no final de 2017, quando Alexandre Vargas (Republicanos) foi eleito presidente. Antes mesmo da sessão iniciar, já havia um clima de tensão nos corredores da Câmara. A presidente municipal do MDB, Magali Marques da Rocha, e o então presidente estadual da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), Robson Zinn, mantinham pressão no gabinete de Bolinha. Porém, o prestigiado vereador estava sitiado no gabinete de Deili Silva (então no PTB, hoje no PSD). Ao descer para o Plenário, Bolinha foi escoltado pela petebista e por Daniel Diniz (PT).
Sete
Teve muita gente que passou o dia fazendo cálculos para a eleição da Mesa Diretora. Se a proposta que Helen Cabral (PT) sugeriu na reunião do Diretório Municipal do PT vingar, e for formado um bloco com as legendas de esquerda e centro-esquerda (PT, PCdoB, PSB e PDT), haverá sete votos. O número é insuficiente para vencer a eleição.
Daniel Diniz
O futuro do vereador Daniel Diniz segue em aberto no PT. Sua expulsão não foi discutida na reunião do Diretório do partido, na segunda-feira (14). Na maior parte do tempo, os petistas avaliaram as eleições de novembro e trataram das negociações para a Mesa Diretora do Parlamento.
Prosopopéia flácida para acalentar bovinos.