Por Maiquel Rosauro
A Delegacia de Polícia de São João do Polêsine concluiu, nesta quinta-feira (11), inquérito policial que apurou o homicídio da freira Maria Ana Dal Santo, 79 anos. Ela foi assassinada em 17 de janeiro, por volta das 10h30min, em uma residência na Linha da Glória, interior do município.
Conforme a investigação, a vítima foi morta com um golpe de facão, que seccionou a estrutura posterior do pescoço, a totalidade da coluna vertebral, alguns tecidos cervicais e o vaso carotídeo direito. A necropsia apontou que o golpe produziu um ferimento de 75 milímetros de profundidade.
A partir de câmeras de vídeo monitoramento, a polícia constatou que um Chevrolet Prisma, de cor vermelha, esteve na propriedade onde estava a vítima no horário do crime.
Em 27 de janeiro, foi cumprido mandado de busca e apreensão, na casa de um suspeito, em Faxinal do Soturno, onde o veículo foi encontrado. No local, os policiais também encontraram as roupas usadas pelo motorista e proprietário do carro no dia do crime. O material foi encaminhado para perícia, visando confrontação genética.
O suspeito, um homem de 28 anos que trabalha como motorista particular, foi preso de forma preventiva. Ele acabou confessando o crime e apontou o local onde havia jogado o facão utilizado para matar a freira. O objeto também foi encaminhado para perícia.
O homem alegou ter sido contratado, mediante pagamento e promessa de recompensa para executá-lo, por uma pessoa, todavia, posteriormente, em acareação retratou-se desta acusação, nada mais dizendo sobre a motivação. A pessoa não foi indiciada, pois nenhum indício foi encontrado nas investigações.
Motivo torpe
No inquérito, a Polícia Civil indiciou o homem por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo torpe e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que ela foi atacada pelas costas, conforme apontou laudo pericial.
Segundo a polícia, o homem recebeu R$ 1 mil que havia recebido da freira para consertar um Volkswagen Fusca, pertencente a irmã da vítima, moradora da casa onde ocorreu o crime. Além disso, ele pretendia receber outros R$ 1,8 mil para transportar a religiosa até Iporã/PR, onde ele trabalhava em uma escola.
Contudo, a vítima optou por utilizar uma empresa para consertar o carro, solicitou o dinheiro de volta e recusou-se fazer a viagem com o motorista.
A investigação foi presidida pelo delegado Sandro Luís Meinerz, delegado de Polícia Regional de Santa Maria, que também responde pela Delegacia de Polícia de São João do Polêsine.
O que diz a defesa
O advogado Ditmar Strahl, que representa o indiciado, disse ao Site que somente irá se manifestar após a judicialização do fato.
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