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ESTRADA. Comunidade de Palma não quer a praça de pedágio prevista para o distrito, no próximo ano

Reunião com o deputado Valdeci e o prefeito Pozzobom tratou de alternativas

Deputado Valdeci Oliveira e o prefeito Jorge Pozzobom estiveram presentes à reunião ocorrida no distrito de Palma

Da Assessoria de Imprensa do Deputado Valdeci Oliveira / Texto e Foto

A comunidade de Palma, no interior de Santa Maria, busca alternativas para o funcionamento da praça de pedágio que será instalada, ainda em 2021, junto à localidade, na RSC-287. Esta será uma das 22 praças que constam no plano de concessões de rodovias do governo gaúcho, cujo contrato de exploração dos serviços será de 30 anos e que tem gerado muitas críticas de parlamentares e prefeitos, principalmente pela falta de um debate claro por parte do executivo estadual.

Produtores rurais, lideranças locais, pais, alunos e professores que integram a comunidade escolar de Palma são contrários à construção da praça de cobrança no local indicado no projeto. “Ela fica muito próxima da Escola Major Tancredo Penna de Morais, o que irá resultar em grandes transtornos aos estudantes e educadores, com sérios riscos ao aprendizado dos alunos por conta do barulho e das filas de automóveis que se formarão no local”, explica o deputado Valdeci Oliveira (PT).
O parlamentar destaca também que a localização foi apenas um dos problemas apontados pelos moradores na reunião realizada na comunidade na última quarta-feira, 1, que deliberou pela formação de uma comissão representativa local que deverá encaminhar o pleito ao governo e à Assembleia Legislativa. “O projeto ainda prevê a construção de uma rótula, que muito provavelmente irá avançar sobre o terreno da escola. E tem a questão da trafegabilidade das máquinas e equipamentos agrícolas que deverá ser fortemente afetada”, enumera Valdeci, que atualmente ocupa o posto de 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Duplicação da RSC-287.

Segundo ele, as reivindicações são justas e necessitam ser avaliadas o quanto antes. “São questões importantes que precisam ser levadas em conta por parte do executivo estadual. Os impactos na comunidade serão sentidos no curto prazo e por um período de três décadas. E eles não podem ser ignorados pelo governo”, afirma o deputado, destacando ainda a necessidade de se estudar medidas que beneficiem os moradores quanto ao pagamento do pedágio. “

Seja por meio de isenção ou preço diferenciado, não importa. O que não podemos deixar que se concretize é a cobrança linear e de forma contínua e indiscriminada para os moradores que precisam utilizar a rodovia diversas vezes por dia. Pedágio só é bom quando todos ganham, quando se tem preço justo e que não deixa as comunidades ilhadas por cancelas, sem que possam exercer seu direito de ir e vir”, acredita.

Na avaliação do parlamentar, “a única preocupação do governo até o momento foi a de lotear todas as regiões do RS, firmar contratos absurdamente longos com as empresas que irão explorar os serviços e sem estabelecer uma política de preço máximo para a cobrança, o que dá margem para injustiças, o que provavelmente será o caso de Palma se não houver alteração na proposta do Executivo gaúcho.

A partir do recebimento do documento elaborado pela comunidade, Valdeci irá providenciar que ele também seja encaminhado à Comissão de Assuntos Municipais (CAM) da Assembleia, colegiado do qual integra como membro titular. “Todo movimento e articulação possíveis de serem feitos devem ser considerados com vistas a formatar uma proposta viável para o pedágio de Palma que respeite e leve em conta as reivindicações da comunidade”, acredita Valdeci.

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Um Comentário

  1. O mais injusto em situações assim é forçar o morador a pagar pedágio para se deslocar dentro do próprio município onde reside. Precisa ir no mercado? Paga pedágio. Precisa ir no banco? Paga pedágio. Precisa ter um atendimento de saúde? Paga pedágio. Precisa ir a prefeitura/câmara reclamar e pedir apoio junto ao estado que tirem do meio do município o pedágio? Paga pedágio.
    A própria duplicação em si já será uma obra que dividirá o distrito, que com o tempo mudará a dinâmica social de como o lado norte se comunicará com o lado sul. A rodovia que hoje une, que hoje é um ponto de convergência da população, que hoje é sinônimo de acessibilidade, mudará completamente para o conceito de mobilidade, o que desprivilegia a acessibilidade, a ponto de se ter situações onde para atravessar a rodovia para o outro lado significará dirigir por 10 km, uma vez que só haverá possibilidade de retorno nas rótulas que são de 5 em 5 quilômetros. Essa situação também acontecerá em Camobi, mais exatamente na Vila Toneto.
    Reforço, o mais injusto é ter que pagar pedágio para se deslocar dentro do próprio município. O local que querem colocar o pedágio, próximo a escola, além da própria inconveniência de estar próximo a escola, é um gargalo na malha de estradas no município a ponto da única maneira de se desviar do pedágio é absurdamente ir por Pains – Arroio do Só – Palma (ao sul) e Camobi – Silveira Martins – Palma (ao norte).

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