Da Ascom Fecomércio-RS / Com edição de Guilherme Bicca (Sindilojas Santa Maria e Região)
Divulgada pela Fecomércio-RS nesta segunda-feira (11), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores Gaúchos (PEIC-RS), mostrou que o percentual de famílias endividadas no Rio Grande do Sul corresponde a 96,0% do total de famílias. Esse resultado foi um novo recorde para a série histórica, iniciada em janeiro de 2010.
Faixas
Quando se analisa o percentual de endividados por grupos de renda, as famílias com menos de dez salários mínimos atingiram 97,2% e no grupo com renda superior a dez salários mínimos esse percentual foi de 90,9%. Para ambos os grupos esse resultado é o maior da série histórica. “Percentuais tão altos de famílias endividadas mostram que o orçamento habitual das famílias já não comporta o consumo corrente. Nesse cenário, o crédito é a saída para viabilizar o consumo”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Apesar de ter reduzido na margem, o percentual de entrevistados que se classificam como “muito endividado” tem se mantido elevado (24,7% em março de 2022). O tempo médio de comprometimento com dívidas é, de acordo com a pesquisa, de 6,9 meses e a parcela comprometida de renda com o pagamento das dívidas abarcadas pela pesquisa é de 20,7%.
Inadimplentes
O percentual de famílias com contas em atraso registrou 35,3%. O valor era de 32,4% em fevereiro e de 22,7% em março. O recente aumento deste indicador é mais sensível no grupo de menor renda, em que o percentual foi de 25% em março de 2021 para 42,2% em março de 2022 num processo de alta na maior parte do período. No grupo de renda superior a dez salários mínimos, apesar da alta na margem, o percentual de famílias com contas em atraso é significativamente menor, 8,2%. Num cenário de inflação alta e juros crescentes, é muito provável que se observe novas altas na inadimplência, especialmente entre as famílias de menor renda.
Sem perspectiva
Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar nenhuma parte das suas dívidas atrasadas correspondeu a 2,4% do total. Percentual muito próximo da mínima histórica. “De certa forma, ainda que mais famílias apresentem contas em atraso, os dados demonstram que existe um esforço para evitar uma condição permanente de inadimplência, visto a necessidade de recorrer ao crédito para complementar o orçamento familiar, já bastante pressionado pela inflação.
No site do Sindilojas há um link para acessar a análise completa da pesquisa. Basta conferir abaixo:
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