Por Bruna Homrich / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)
Publicações de cunho racista realizadas por uma estudante da UFSM nas redes sociais levara, centenas de pessoas a protestarem no campus da universidade na tarde desta terça-feira, 10 de maio. Desde a manhã, havia concentração no prédio do Centro de Artes e Letras (CAL), onde estudantes confeccionavam cartazes.
Já no início da tarde, o protesto rumou para o hall do Restaurante Universitário, tendo posteriormente culminado no prédio da reitoria, onde os manifestantes entraram portando cartazes contra o racismo e cobrando uma investigação célere do caso. Lá, o movimento foi ouvido pelo reitor Luciano Schuch e pela vice, Martha Adaime.
Luiz Bonetti, integrante do DCE UFSM e do Movimento Negro Unificado (MNU), explicou quais as principais reivindicações levadas à reitoria: “a abertura de processo administrativo com encaminhamento para a Polícia Federal; um processo célere; a suspensão imediata da estudante enquanto ocorre o processo, a fim de garantir a segurança das e dos estudantes negras e negros; o desenvolvimento do plano de promoção de igualdade racial da UFSM; e o oferecimento de apoio psicológico e jurídico aos estudantes negras e negros”.
Ainda na tarde desta terça, o Gabinete do Reitor divulgou nota em que reforça o repúdio da UFSM a todas as formas de preconceito, racismo, agressão, assédio, abuso de poder, violência verbal ou física dentro e fora da Instituição.
“Frente às manifestações racistas e injúrias raciais proferidas no âmbito acadêmico da UFSM nesta semana, a Universidade informa que o caso foi registrado no canal oficial de denúncias da instituição, que é a Ouvidoria, e está sendo tratado através das vias administrativas e judiciais cabíveis. Nesse sentido, a UFSM comunicou à autoridade policial competente e irá instaurar processo disciplinar discente para apurar o fato.
Esse tipo de manifestação fere os princípios da diversidade e da pluralidade, que constituem a sociedade e nossa instituição. A UFSM se solidariza com as vítimas, porque acredita em uma universidade plural, sem espaço para qualquer tipo de preconceito.
Qualquer situação de assédio e discriminação deve ser denunciada por meio da Ouvidoria no site www.ufsm.br/ouvidoria”, expressa nota da Administração Central.
Diversos diretórios acadêmicos, coletivos e entidades posicionaram-se sobre o caso, incluindo o NEABI – UFSM (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e o Observatório de Direitos Humanos, que escreveram:
“Expressamos nosso repúdio frente às manifestações racistas e injúrias raciais proferidas no âmbito acadêmico da Universidade Federal de Santa Maria, as quais violentam nossos estudantes negros e negras, bem como ferem os princípios da diversidade e da pluralidade que constituem a sociedade brasileira e consequentemente suas instituições. Racismo é crime.
Seguiremos em luta pela responsabilização destes atos e pela construção de uma instituição que respeite a diversidade do nosso povo”.
Cabe lembrar que, nos últimos anos, a UFSM foi palco de ações criminosas, a exemplo de pichações racistas em paredes de salas pertencentes a diretórios acadêmicos e de banheiros da Biblioteca Central. Os casos estão sob investigação da Polícia Federal.
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