Por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual (RBA)
Por cerca de 50 minutos de um discurso no final regado a lágrimas, com reclamações contra a imprensa, a “ideologia” da esquerda, o MST, o TSE, entre outros, e com muitas mentiras e mesmo ameaças, o presidente Jair Bolsonaro finalmente se despediu do Palácio do Planalto nesta sexta-feira (30), na última de suas lives. Depois de quase dois meses da vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o ainda governante, pela primeira vez, admitiu a derrota eleitoral. “O Brasil não vai se acabar dia primeiro”, disse, tentando consolar os seguidores.
Em alguns trechos do discurso Bolsonaro foi incongruente e errático. “Vencemos esses quatro anos com saldo bastante positivo. Nenhum chefe de Estado enfrentou algo parecido. Se bem que isso foi enfrentado pelo mundo todo, a questão da pandemia e a guerra, isso influencia na vida de todo mundo”, discorreu.
Acrescentou que as mortes provocadas pela covid-19 são “irrecuperáveis”. Mas, nesse contexto, aproveitou para falar contra o que chama de “falta de liberdade” que, segundo ele, persegue os “democratas” como ele. Reclamou que “a falta de liberdade que estamos vivendo prejudica a democracia”. “Isso daí, no futuro, se continuar, vai pegar todo mundo. Nós sempre lutamos por democracia. Por liberdade, respeito às leis, à Constituição. Infelizmente alguns não entendem (e) aplaudem quando alguém perde a liberdade”, disse, sobre apoiadores presos por atacarem o Estado de Direito.
Covid, urnas eletrônicas e armas
Seguiu então na associação entre pandemia de covid-19 e “falta de liberdade”. “Vejo uma nação com medo de mandar um zap, tecer um comentário, mandar um emoji”, protestou. “Cê não podia falar sobre covid, tudo era não-existe-comprovação-científica. Até os médicos foram tolhidas (sic)…”
Com óbvio medo de punição, aproveitou a referência para se defender da acusação da Polícia Federal, divulgada quinta-feira, que concluiu relatório no qual o acusa de cometer incitação ao crime ao relacionar vacina contra covid ao HIV. “Hoje em dia, se falar de vacina, de um estudo de fora do Brasil, você corre o risco de responder um processo. Li um trecho da revista Exame que falava de covid e HIV, li duas linhas, e tô sendo processado, tratado como um criminoso. A revista que mostrou isso daí”.
Também reclamou que “hoje em dia falar em urna você também tem problema sério”. “Tem que lutar contra isso”. Entre as mentiras ideológicas dirigidas a seus eleitores fanáticos, citou o “porte de arma para o homem do campo” como um dos feitos de seu governo. “Levamos a paz para o campo. A questão das armas é uma segurança pra pessoa.”
Comentou o que considera ameaça que o novo governo representa para a liberdade de andar armado. Disse que com revogação de decretos de armas “vai voltar a violência no Brasil”. “Armas de fogo é garantia de paz. Quem quer paz se prepara pra guerra”, sentenciou, em tom de ameaça.
No entanto, o chefe de governo tentou se desvincular de seguidores violentos. Mencionou o assassinato do petista Marcelo Arruda e a tentativa de terrorismo em Brasília dizendo que nada justifica a “tragédia de Foz (do Iguaçu), uma pessoa matar a outra, como nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de um ato terrorista”.
Tentando consolar
Aos fanáticos ainda acampados às portas dos quartéis, disse que “temos que respeitar nossas leis, nossa Constituição”, mas como é seu hábito, usou de ambiguidade. “Sim, vamos respeitar. Mas é dever nosso reagir.” Segundo ele, qualquer manifestação, desde que comunicado às autoridades, “é bem-vinda”. “Sei o que passaram nesses dois meses, sol, chuva… não vai ficar perdido.”
Sobre o finalmente reconhecido fim de seu governo, declarou: “Perde-se (sic) batalhas mas não vamos perder a guerra. Muito obrigado a todos vocês por terem proporcionado esses quatro anos à frente da presidência da República. Um bom 2023, Deus abençoe o nosso Brasil”, disse, no seu último pronunciamento como presidente…”
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Votos são fungiveis no sentido de que um voto num candidato a presidente no RS não se distingue de um voto no Nordeste. Porem a diferença de votos por lá é que definiu o pleito. Molusco com L., o honesto, elegeu-se com auxilio das oligarquias dos grotões do pais (não só delas, obvio). Jader Barbalho tem um filho governador e outro ministro. Calheiros tem um filho governador Calheiros tem um filho que era governador e virou senador/ministro, tinha um irmão prefeito e dois irmãos (se não me engano) deputados federais. Centrão (que difere daquele da Constituinte) é o mesmo dos governos anteriores. Mas já esta sendo ‘normalizado’ (estrategia de acomodação, de manutenção do poder). ‘Esta errado, sempre foi assim, vai contiuar assim, não tem jeito mesmo’. Estes são os ‘superéticos’.
Armas, lei é algo fora de moda no Brasil, aconteceu um referendo e não foi respeitado. ‘Democraticamente’. Simples assim.
‘Ataca’? Por qual motivo num sentido é ‘ataque’ e no outro é ‘critica’? Viagem com avião da FAB é prerrogativa, amanha não é mais. Lei, algo fora de moda no Brasil. ‘Imprensa’? Vamos trazer para a urb. Antevespera da posse e há excitação, estão se achando. Convidado do programa Sala de Monologo (o ‘ancora’ fala mais que todos os convidados juntos sobre assuntos pessoais geralmente) do Diario Vermelho começa a criticar o Ministerio dos Filhos do Mensalão. Programa sempre tem um comissário do partido ou dois, quando não tem (ou não da conta) o ‘ancora’ (porque leva o nivel para baixo) interfere. Pois bem. O dispositivo que serve para ficar debaixo d’agua amarrado numa corrente larga uma falacio do espantalho. ‘Voltemos para o RS’, coalizão é ‘normal’, todos são bonitos e cheirosos. ‘Viemos para a urb’, todos fazem ‘coalizão’ e é ‘normal’. Se em POA é ‘normal’ e em SM é ‘normal’ logo em BSB é ‘normal’. Cereja do bolo é um rompante ‘não me venham com hipocrisias!’ num tom de voz alterado. Outra: ameaça a audiencia de processo do Capsicum. Depois sai na rua e ouve um monte de abobrinhas e quer se fazer de vitima (não vai passar disto porque não vale o incomodo).