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CÂMARA. Após fracassar na CPI da Covid, Helen aposta em investigação sobre o aditivo da Corsan

Em 2021, a petista protagonizou investigação que acabou sendo arquivada

Vereadora exibe o requerimento para a abertura da CPI da Corsan. Pedido tem dez assinaturas, três a mais do que o necessário (Foto Divulgação)

Por Maiquel Rosauro

A vereadora Helen Cabral (PT) protocolou no Legislativo de Santa Maria, na tarde desta quarta-feira (15), requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no aditivo contratual celebrado entre Prefeitura de Santa Maria e Corsan, em 16 de dezembro de 2021. Esta será a segunda CPI aberta no Parlamento por iniciativa da petista, na atual legislatura.

Além de Helen, o pedido de abertura da CPI é assinado por Valdir Oliveira (PT), Werner Rempel (PCdoB), Paulo Ricardo Pedroso (PSB), Marina Callegaro (PT), Tony Oliveira (Podemos), Roberta Pereira Leitão (PP), Pablo Pacheco (PP), Tubias Callil (MDB) e Anita Costa Beber (PP).

A primeira investigação que Helen deu início no atual mandato foi a CPI da Covid-19, em maio de 2021, que apurou ações e possíveis omissões da Prefeitura de Santa Maria diante da pandemia do novo coronavírus. À época, a petista atuou como relatora do colegiado, ao lado de Roberta como presidente e Givago Ribeiro (PSDB) como vice-presidente.

Tão logo os trabalhos iniciaram, a comissão decidiu não transmitir as oitivas pela TV Câmara, o que impediu os santa-marienses de acompanhar na íntegra os testemunhos, restringindo as informações ao público nas galerias do plenário e as notícias divulgadas na imprensa. A falta de transparência gerou estranheza quando a CPI, de repente, deixou de tratar das ações contra o covid-19 e iniciou um debate sobre como o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) teria se beneficiado, nas eleições de 2020, ao divulgar ações sobre a pandemia em suas redes sociais.

Em uma reunião pública, em 30 de junho de 2021, Helen apresentou um duro pré-relatório da CPI no qual apontou que Pozzobom foi omisso em ações referentes ao enfrentamento à pandemia e ao distanciamento social. Aquele foi o último ato da vereadora no colegiado, já que no dia seguinte o titular da cadeira no Parlamento, Valdir Oliveira, retornou ao posto após longa luta contra o covid-19.

Ainda debilitado, Valdir declinou do posto de relator da CPI, posto que coube à vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), que tratou de esfriar os ânimos na investigação. A entrada de Luci foi um alívio tanto para o PT – incomodado pela barulhenta dobradinha entre Helen e a bolsonarista Roberta Pereira Leitão – quanto para o governo Pozzobom – que via na CPI um terceiro turno do pleito de 2020.

Luci realizou um trabalho mais silencioso do que o protagonizado por Helen e Roberta. Em outubro de 2021, a pedetista apresentou relatório pelo arquivamento da investigação e encaminhamento da documentação obtida ao Ministério Público Estadual e à Prefeitura. O texto foi aprovado por dois votos (Luci e Givago) contra um (Roberta).

Em relação ao ponto mais polêmico da CPI, relacionado ao uso das redes sociais do prefeito (no Facebook e no Instagram) para divulgar ações da Prefeitura contra covid-19, Luci entendeu que não houve comprovação de promoção pessoal em período eleitoral.

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2 Comentários

  1. Pleito está na rua. Alas, Helen Cabral deveria propor uma CPI nas proprias candidaturas. Sem bens cadastrados na declaração de bens? O que ela utiliza é ‘de um(a) amigo(a)’?

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