Por Maiquel Rosauro
“Se nesse país a gente produz alimento demais; e tem gente com fome, significa que: alguém está comendo mais do que deveria comer, para que o outro pudesse comer um pouco”. Essa frase, retirada de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rendeu ao petista uma moção de protesto no Legislativo de Santa Maria, nesta quinta-feira (30), aprovada por 10 votos a 9.
O autor da proposta foi o vereador Tony Oliveira (Podemos), que considerou a “frase gordofóbica e preconceituosa”.
“De forma alguma o preconceito deve ser seletivo, usar pessoas obesas como mau exemplo ou exemplos pejorativos, fazendo com que as pessoas sintam-se menosprezadas. Deve ser repudiado”, disse Tony.
A vereadora Helen Cabral (PT) fez a defesa contrária. Ela disse que Tony não entendeu a frase do presidente.
“Lula, na frase repudiada por vossa excelência, está apontando a necessidade de se combater a desigualdade e enfrentar a fome do Brasil”, afirmou a parlamentar.
Além de Tony, votaram a favor: Admar Pozzobom (PSDB), Alexandre Vargas (Republicanos), Anita Costa Beber (PP), João Ricardo Vargas (PP), Juliano Soares – Juba (PSDB), Manoel Badke – Maneco (UB), Pablo Pacheco (PP), Roberta Pereira Leitão (PP) e Tubias Callil (MDB).
Votaram contra: Adelar Vargas – Bolinha (MDB), Danclar Rossato (PSB), Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), Marina Callegaro (PT), Paulo Ricardo Pedroso (PSB), Rudinei Rodrigues – Rudys (MDB), Valdir Oliveira (PT), Werner Rempel (PCdoB) e Helen.
Os vereadores Givago Ribeiro (PSDB) e Getulio de Vargas (Republicanos) estavam ausentes, com justificativa.
A frase de Lula foi proferida durante um pronunciamento, em 28 de fevereiro, na cerimônia de reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Confira um trecho maior da fala do petista: “Se nesse país a gente produz alimento demais; e tem gente com fome, significa que: alguém está comendo mais do que deveria comer, para que o outro pudesse comer um pouco; significa que nós estamos desperdiçando alimento, entre a produção e o consumo; significa que alguma coisa está errada. E a mais errada de todas, é que as pessoas não têm dinheiro para comprar o que comer. Porque se tivesse dinheiro, iria muita gente querer produzir, iria aumentar a produção e a gente então teria os alimentos necessários”.
Banco do Vale do Silicio grosso modo tinha muito dinheiro aplicado em papeis de longo prazo. Juros do governo estavam zero ou negativos. Banco Central de lá subiu a taxa rapido por conta da inflação. Pessoal começou a sacar grana para buscar o maior rendimento. Deu no que deu. Erro de gestão. Quando baixa a maré é que se ve quem estava nadando pelado. Alas, dolar baixou e bolsa subiu. Esperavam coisa pior. Mas se perguntarem a uma criatura séria da economia quanto deveria estar o dolar a resposta seria ‘entre 4,5 e 4,8’. Por que não está? Rato Rouco.
Ianques depois de 2008 imprimiram toneladas de dinheiro. Europeus idem. Da pandemia para cá a conta mais apurada mostra que para cada 10 dolares em circulação imprimiram mais 4. Foi tanto estimulo na economia que agora aumentam os juros e a coisa não dá jeito de arrefecer. Inflação alta para padrões ianques. Que vai bater nas urnas ou na estrutura do pais.
Crescimento da despesa tem coisas embutidas em lei, há que se observar a possibilidade do limite. Depende do Congresso. O governo não controla a Selic. Não só isto, se os ianques continuam a subir os juros tem que subir aqui também. Ou seja, um monte de variaveis não estão sob controle do governo. Não se falou em melhorar a qualidade do gasto, é jogar dinheiro em cima dos problemas (e do bolso dos cumpanheros e aliados). E se o aumento da despesa está vinculado ao aumento da receita só tem um jeito, aumentar a carga tributaria. ‘Não vamos aumentar o de voces’. Sim, vão aumentar o dos outros que irão repassar para os mesmos de sempre.
E o ‘cala boca’ fiscal? Governo Dilma, a humilde e capaz, não existiu. Na pagina 4 da apresentaçao um grafico está errado, o 2,4 está acima do 2,6 (pressa ou incomPeTencia?). Na pagina 7 o grafico de metas do superavit primario aponta -0,5% do PIB para 2023. O mercado já espera algo maior do que 1%. O teto de gastos ao invés de crescimento real (ou seja, descontada a inflação) zero passa a variar entre 0,6% (piso) e 2,5%. Numeros percentuais bonitos e pequenos, na verdade algo entre 60 bilhões e 248 bilhões. ‘Anticiclico’, ou seja, mimimi prenuncio de uma c@g@d@. Crescimento da despesa limitada a 70% da receita do ano anterior (previsão ingenua, o ano seguinte é igual a este ano; o nome é técnico). ‘Investimentos’ (para eles tudo é investimento, nada é gasto) tem piso. Piso da enfermagem (a tribo das escolhidas(os)) e Fundeb estão fora da conta.
Este negocio de moção está ficando velho. Fala do Molusco com L., o honesto, é para isto mesmo. Gerar debate inutil, cortina de fumaça. Sem falar no Sapo Dino. Alás, o ‘genio’ falou que os livros de economia estão superados. Viva a ‘ciencia’!