CulturaDestaque

CULTURA. Ele ainda quer publicar uma HQ, mas já tem uma trajetória e tanto: Elias Ramires Monteiro

O que pensa e diz o chargista e ilustrador de SM, o vencedor do “Prêmio ARI”

De forma suscinta, mas certeira, o portal especializado Coletiva.Net costuma entrevistar comunicadores gaúchos. Desta vez, foi o santa-mariense (quer dizer…) Elias Ramires Monteiro, o Elias (foto acima, de Arquivo Pessoal), quem respondeu cinco perguntas. Estas que, com as respostas, o leitor confere a seguir:

1 – Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu me chamo Elias Ramires Monteiro. Nasci em Alegrete, em 1963, mas sempre vivi em Santa Maria. Minha formação é em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas sou, de fato, chargista e ilustrador, pela longa experiência com o desenho de imprensa: desde os anos 1970 publico charges profissionalmente em jornais e em revistas e participo de salões de humor gráfico.

2 – Como surgiu o seu interesse pelo mundo das charges?

Incentivado, desde criança, por meus irmãos mais velhos, em um tempo em que as histórias em quadrinhos tinham nos jovens um público numerosíssimo e fiel. Comecei a desenhar e, logo em seguida, devido às dificuldades inerentes a um mercado de quadrinhos quase inexistente em uma cidade do interior, passei a fazer charges e encontrei nos jornais uma pequena, mas real, possibilidade de publicação. 

3 – Você conquistou o primeiro lugar na categoria Charge do ‘Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo 2022’. De que forma isso contribui para a sua carreira?

Infelizmente, contribui apenas como uma espécie de reforço do reconhecimento pelo meu trabalho e pela minha trajetória de chargista. Diferentemente dos grandes prêmios do Cinema ou da Música, por exemplo, cujos ganhadores, como consequência direta das premiações, têm imediatamente garantidos a sua valorização salarial e aumento de seu prestígio, um chargista, ao ser premiado, somente mostra que ainda segue na atividade com um trabalho de qualidade, eventualmente digno de distinções. No nosso caso, o que tem ocorrido é precisamente o inverso de um impulso na carreira: devido a divergências de posicionamento político com os donos de jornais, que ainda não perceberam que o chargista não é um mero ilustrador de editoriais, muitas vezes, perdemos nossos espaços de trabalho, duramente conquistados, mesmo quando há o reconhecimento dos prêmios.

4 – A charge que levou o primeiro lugar se chama ‘Escola de tiro’. Do que ela se trata? Como surgiu a inspiração para produzir a figura?

Essa charge foi pensada para ser publicada no jornal do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) – único jornal da cidade com o qual colaboro atualmente -, em um momento em que as discussões sobre a facilitação do acesso às armas ficaram acaloradas no Brasil. Eu quis alertar para o grande perigo da multiplicação dos clubes de tiro e usei a imagem de uma dessas placas de advertência que ficam próximas às escolas para explicitar o meu lado nesse debate. Mostrar crianças negras como alvos dos tiros também não poderia ser mais apropriado neste momento terrível, de insegurança nas escolas, pelo qual passamos.

5 – Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Publicar uma boa história em quadrinhos. É uma vontade de infância da qual eu talvez ainda não tenha desistido.

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo