Artigos

A condição humana de encantar com o futebol – por Michael Almeida Di Giacomo

A cada novo dia, as jogadoras conquistam mais espaços nos clubes e na mídia

Desde segunda-feira, o país acompanha a seleção brasileira de futebol na Copa de Mundo Feminino da Fifa, que está a acontecer na Austrália e na Nova Zelândia.

A nossa seleção está longe de ser considerada favorita. O que não quer dizer que esteja impedida de ganhar a Copa.

É a seleção norte-americana, campeã em 2019, que recebe todas as fichas para sair campeã – mais uma vez, tornando-se tricampeã do mundo.

De todo modo, é inegável a superação das atletas brasileiras.

Cada vitória – em qualquer partida do Mundial – deve ser considerada como parte da história da condição humana de superar as amarras impostas por um sistema que ceifou o direito da prática do esporte pelas mulheres por décadas no Brasil.

Hoje, a cada novo dia, as jogadoras conquistam mais e mais espaços nos departamentos de futebol dos grandes clubes brasileiros e também na imprensa esportiva.

Neste mundial, diferente dos anteriores, a Fifa vendeu todos os pacotes de publicidade, o que levará a aumentar o valor das premiações. 

Na primeira fase, todas as atletas receberão 30 mil dólares. Um vice-campeonato, renderá 195 mil. E o campeonato 270 mil.  E a audiência está projetada para aferir um número de mais de duas bilhões de pessoas a assistir os jogos.

É um diferencial que demonstra o quanto o esporte está segmentando sua posição em meio ao público feminino, e ainda há muita margem para crescer.

Um dos grandes legados dessa geração de campeãs, como referência de superação, é a inspiração que causam às jovens e adolescentes que passam a acreditar ser possível trilhar uma caminhada que até uma Copa do Mundo.

É a mais pura constatação de que a prática de um esporte, seja qual for, não deve ser medida a partir do gênero de cada um de nós.

Até a vitória!

(*) MichaelAlmeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

2 Comentários

  1. P.S. Vermelhos e mida acham que irão fazer alguém gostar de futebol feminino na insistencia e no ‘oba oba’. Kuakuakuakuakua!

  2. Arrecadação com direitos de transmissão do evento tinham como objetivo chegar a 300 milhões de dolares. Ficou mais perto de 200. Com o torneio masculino arrecadam mais de 5 bilhões. Brasil deve sediar a proxima. Porque ninguém mais se candidatou. Nesta hora o ideologia anencefala dá com a cara no muro da realidade. Resumo é que não funciona ‘todos fazendo tudo’ e sim ‘todos fazendo o que de melhor fazem’. Simples assim. Condição humana? Ninguém colocou uma arma na cabeça de ninguém e obrigou a jogar futebol. É o direito universal de colher o que se planta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo