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8 DE JANEIRO. Auxiliar de taxista de Santa Maria, que estava foragido, foi preso na fronteira uruguaia

Beto Rossi gravou vídeo com atuação no DF. Hoje está preso em Livramento

Por José Mauro Batista / Editor do site Paralelo 29 (*)

Robergson Luiz de Rossi, conhecido como Beto Rossi, gravou vídeos participando de acampamento e de invasão de prédio em Brasília, em 8 de janeiro (Foto Reprodução)

O auxiliar de taxista de Santa Maria Robergson Luiz de Rossi, de 57 anos, conhecido como Beto Rossi, que gravou cenas do acampamento em frente ao Exército e participando dos atos de 8 de janeiro deste ano em Brasília, está preso em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai.

Beto estava foragido e era procurado pela Polícia Federal por participação nas manifestações de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A informação sobre a prisão chegou ao Paralelo 29 e foi confirmada pela reportagem com a esposa de Beto, Carmen de Rossi. Uma fonte ligada ao Progressistas, partido pelo qual o taxista concorreu a vereador, também confirmou a informação.

Prisão ocorreu há cerca de um mês

Segundo Carmen, Beto foi preso há cerca de um mês em Santana do Livramento, quando ele entrou no Brasil para tentar resolver documentos do inventário pela morte da mãe dele, ocorrida em julho.

Carmen disse não ter mais informações sobre o caso, que estaria aos cuidados de uma advogada de Brasília. Até o momento, o nome do taxista não consta na lista de réus do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em reportagem do Paralelo 29, taxista admitiu estar foragido

Em reportagem exclusiva do Paralelo 29, publicada em 9 de abril, Beto Rossi admite ter fugido para o exterior. Na ocasião, o Paralelo 29 conseguiu contatos com o ativista bolsonarista. No entanto, ele não revelou ao site para qual país havia se mudado.

Na reportagem, o taxista conta sobre a mobilização de bolsonaristas, que começou em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília (DF), e que culminou com as invasões e depredações de prédios públicos.

O ativista também contou que escapou de ser preso “por milagre”, sorte que outros 11 moradores de Santa Maria e região não tiveram.

Vídeos do acampamento e da invasão ao Planalto

Em 8 de janeiro, dia em que ocorreu a marcha com a invasão das sedes dos Três Poderes, o Paralelo 29 publicou reportagem mostrando que Beto Rossi havia gravado um vídeo, um dia antes, no acampamento bolsonarista em Brasília.

Em 11 de janeiro, em outra reportagem do Paralelo 29, Beto afirmou que os invasores não eram bandidos: “Com mais calma eu te passo alguma coisa. Só quero deixar claro que não tem bandido nessa história”, disse o taxista, em áudio enviado com exclusividade ao Paralelo 29 na segunda-feira (9).

Além do vídeo no acampamento, em 8 de janeiro (confira mais acima), o santa-mariense postou um vídeo dele próprio dentro do Palácio do Planalto.

Em reportagem publicada pelo site Claudemir Pereira em 9 de janeiro, o jornalista Maiquel Rosauro fala sobre a live feita por Beto Rossi em que o santa-mariense afirma: “Estamos quebrando tudo, fazer o quê?”

Rossi questionava urnas eletrônicas e defendia golpe militar

O taxista santa-mariense, que também chegou a ser dono de um restaurante, era um apoiador ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele questionava as urnas eletrônicas e a isenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e durante a pandemia chegou a afirmar em lives e em postagens nas redes sociais que a crise sanitária era uma “fraudemia”.

Na época, ele também participou de protestos contra o fechamento do comércio e contra o uso de máscaras. Ele se autointitulava “patriota” e “intervencionista”, este último um adjetivo usado pelos defensores da tomada do poder pelas Forças Armadas.

PARA LER NO ORIGINAL, e conferir outras imagens e vídeos, CLIQUE AQUI.

(*) Esse material foi publicado com a autorização do editor do Paralelo 29, dentro do acordo de parceria que une os dois sites.

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