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BASTIDORES. Projeto das escolas cívico-militares de volta e questão da municipalização da água em SM

Proposta com vício de iniciativa torna a tramitar. E uma Frente pela água pública

Vereador João Ricardo Vargas que trazer novamente a discussão sobre escolas cívico-militares (Foto Gustavo Nuh/Câmara/Arquivo)

Por Maiquel Rosauro

O vereador João Ricardo Vargas (PL) solicitou a reativação de um projeto de lei de sua autoria que institui o Programa das Escolas Cívico-Militares em Santa Maria. A proposta, apresentada em abril do ano passado, não chegou a ser votada em Plenário e encontra-se engavetada na Câmara.

Em julho de 2023, o governo federal oficializou o fim do programa. Porém, no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) decidiu manter as escolas que aderiram ao modelo, no qual os militares atuam como monitores em três áreas: educacional, didático-pedagógica e administrativa.

O projeto apresentado por Vargas determina que para a implantação da escola cívico-militar deve ser considerada a aprovação da comunidade em que a instituição está inserida. Porém, mesmo retornando à pauta este ano, a tendência é de que a matéria não tenha uma tramitação tranquila na Casa.

Em maio, a Procuradoria Jurídica do Parlamento opinou pela não tramitação da proposta por considerar que o texto possui “vícios de iniciativa”. Ou seja, o entendimento é de que a Câmara não tem competência legal para propor a matéria, a qual possui artigos que provocam uma interferência na autonomia e independência do Poder Executivo.

Frente parlamentar

A vereadora Helen Cabral (PT) protocolou, nesta quinta-feira (23), o pedido de constituição da Frente Parlamentar em Defesa da Municipalização dos Serviços de Água e Esgoto. Os vereadores Alice Carvalho (PSol) e Werner Rempel (PCdoB) também assinam o requerimento.

Motivos não faltam para a abertura do colegiado. O documento que reivindica a abertura da frente parlamentar possui seis páginas com inúmeros apontamentos referentes ao atual contrato entre Prefeitura de Santa Maria e Corsan.

“A água é um direito fundamental, e sua gestão precisa ser pensada de forma a atender o interesse público, não apenas o lucro privado”, afirma Helen. A Corsan foi privatizada em julho de 2023.

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