Desde ontem, um grupo de estudantes, sob a liderança do Diretório Central dos Estudantes, ocupa o térreo da reitoria da Universidade Federal de Santa Maria, no Campus, em Camobi.
A seguir, você tem duas versões para o que aconteceu hoje, inclusive com uma reunião entre o reitor, vice e pró-reitores. Uma, da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM. Outra, da assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes, com texto e foto do jornalista Fritz Nunes. Lá embaixo, está disponível, também, um “link” para as reivindicações dos estudantes.
“Reitor e pró-reitores reúnem-se para deliberar sobre reivindicações de estudantes
Na tarde desta sexta-feira (2), o reitor Felipe Müller reuniu-se em seu gabinete com o vice-reitor Dalvan Reinert e com os pró-reitores da UFSM. O objetivo era analisar a lista de reivindicações apresentadas pelos estudantes que ocuparam o hall do prédio da reitoria.
Uma das reivindicações relacionadas ao Restaurante Universitário (RU) é que todos os estudantes tenham direito de fazer três refeições por dia, inclusive aqueles que não têm benefício socioeconômico. O pedido será analisado por meio de um estudo do impacto da medida, o qual deve demorar um mês. Um membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) será convidado para acompanhar o estudo.
Nas Casas do Estudante Universitário (CEUs) serão colocadas grades nas portas dos apartamentos, até o limite de 2 mil metros quadrados neste ano. Com recursos do Fundo de Infraestrutura (CT-Infra), será encaminhada a pavimentação das ruas e o acesso de internet de qualidade pelos moradores. A vigilância será retirada do bloco 13 da CEU II quando a guarita do RU estiver pronta.
Quanto ao Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul (Cesnors), está sendo feita licitação para iluminação no campus de Frederico Westphalen. Haverá estudo, com avaliação da demanda, para que seja…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
SEDUFSM reafirma solidariedade a estudantes…
…O presidente da SEDUFSM esteve nesta tarde no saguão do prédio da reitoria, reafirmando a solidariedade da entidade às reivindicações dos estudantes, que ocupam desde a tarde de ontem o local. Segundo Rondon de Castro, a pauta discente não difere muito daquilo que os demais segmentos reivindicam, que é uma expansão com qualidade, contratação de professores efetivos, melhoria na infraestrutura física e, também, ampliação dos espaços democráticos, entre outras questões. (Veja logo abaixo a carta de reivindicações estudantil).
Rondon discorda da fala efetuada nesta quinta, pelo reitor, Felipe Müller, de que uma Estatuinte na UFSM estaria acoplada ao Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI). “Queremos uma estatuinte com poderes exclusivos, em que todos os segmentos, de forma paritária, possam opinar e decidir de forma soberana sobre o futuro da universidade”, ressalta o dirigente da SEDUFSM.
Nesta sexta, por volta de 16h, o reitor se dirigiu até o saguão do prédio da reitoria, onde foi recebido por pelo menos 200 estudantes, que tocavam tambores, vaiavam e gritavam ao mesmo tempo. Felipe Müller foi acompanhado de vários pró-reitores, com os quais havia se reunido no início da tarde, para avaliar a extensa pauta encaminhada pelos alunos, que integram diretores acadêmicos de diversos cursos da instituição, que fazem parte do DCE ou que integram outros grupos do movimento estudantil.
O reitor deu respostas a alguns dos pontos levantados pelos estudantes, mas deixou claro que nem tudo era possível ter resposta, pois o espaço de tempo havia sido muito curto para analisar toda a pauta. Registramos a seguir, não todas as respostas, mas algumas apenas…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
PARA CONFERIR A ÍNTEGRA DAS REIVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES, CLIQUE AQUI.
SIGA O SITÍO NO TWITTER
As contradições do programa Reuni estão transbordando do barril da política educacional: o reitor está se revelando que, apesar de ter sido votado em consulta popular, não é nada mais que o homem do MEC, do governo, na UFSM, encarregado de fazer valer localmente toda a política de “inchaço” da universidade, sem a correspondente e necessária qualidade (coisa que o Banco Mundial não quer…e o governo aceitou mansamente). Os números são estupendos: criaram vagas, cursos, universidades…mas não refletem a realidade. O Brasil está na 13o. lugar na publicação de artigos científicos, mas os avanços científicos no país são pífios… Não há professores, estudantes já estão completando seus cursos sem laboratórios e/ou orientações…e se diz que tudo será resolvido. Pena que os que já se encontram estudando não serão atendidos e suas vidas comprometidas por essa irresponsabilidade estatal. Cada vez mais se ataca a autonomia universitária (barreira para evitar o uso político das universidades)…e a administração local diz amém. Amarra-se a convocação de uma estatuinte ao PDI (plano de desenvolvimento), para adequar as normas atuais às políticas desastrosas do MEC, não para discuti-las com a comunidade. É a política da Andifes, de acomodação… em troca de recursos e obras.