ENROSCO PETISTA. Não é improvável o adiamento da escolha do candidato a prefeito, que terá de ser “inventado”

Amarrado por um calendário “indicativo”, o PT santa-mariense se encontra, não é exagero dizer, numa grande enrascada. Provavelmente a maior dos últimos 20 anos. Afinal, embora tenha três nomes de grande penetração eleitoral, nenhum deles está disponível para concorrer à Prefeitura, em 2012. Cada qual com suas razões- e o último a confirmar publicamente sua desistência foi o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira – os integrantes da tríade (os outros são o deputado estadual Valdeci Oliveira e o federal Paulo Pimenta) não vão mesmo concorrer.

E daí? Daí que, pressionados pela posição estadual, que quer ver candidatos à prefeitura definidos até o dia 10, o próximo sábado, os líderes da agremiação correm contra o tempo. E, conforme disse um importante líder ao editor deste sítio, no sábado, o que se está fazendo, agora ou desde sempre, é buscar um quarto nome. E que possa contar com o apoio, senão de todos, da maioria.

A realidade é que ninguém quer “bater chapa” – o que significaria a apresentação de pelo menos três sugestões diferentes, nenhuma consensual e todas com rejeição de pelo menos dois terços dos militantes mais ativos, que pertencem a alguma das correntes petistas majoritárias na boca do monte.

Sabe-se que, não havendo consenso, o bode será ainda maior, com um partido totalmente fracionado. Qual a saída? Ora, “inventar” um nome. Que tenha credibilidade entre todos e na comunidade. Mas, quem, cara pálida? Os que surgiram até aqui, publicamente (como a vereadora Helen Cabral) ou nos bastidores (Valdir Oliveira é o último aventado) simplesmente não conseguem empolgar. Seja dentro ou fora do partido.

É por essas e outras que já há quem pense, a menos que algum nome, neste momento improvável, salte da cartola, em passar por cima da orientação “de cima” e transferir a decisão. Acreditam haver motivos suficientes para contar com a compreensão dos dirigentes estaduais. Mas adiar até quando, perguntou o editor às fontes: “março”. É? É. Por enquanto.

EM TEMPO: Ao menos um militante graúdo ouvido pelo editor disse ter esperança de haver um nome surgindo até esta terça, quem sabe quarta. Bueno, é possível. No entanto, trata-se de uma das fontes petistas que, não faz dez dias, garantia haver tudo acertado para que Fabiano Pereira fosse candidato. E ele não será. Então…

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