Pelo menos em um ou dois pontos, como a questão do ponto eletrônico e, sobretudo, o calendário letivo – inclusive porque não são atribuição exclusivas do reitor (e do vice) – talvez não sejam exatamente do agrado das lideranças grevistas que, neste momento, se reúnem no prédio da reitoria. Eles discutem o documento, por elas exigido, assinado pelo reitor Felipe Müller e também pelo vice, Dalvan Reinert.
Ainda não se sabe se os grevistas (especialmente os técnico-administrativos, que aparentemente lideram a iniciativa de ficar no prédio da administração central) se retiram ou não. Enquanto isso, confira você mesmo o documento do reitor e do vice, que também deixam claro o desconforto (para dizer o mínimo) com a forma como o movimento foi conduzido, inclusive inibindo o direito de ir e vir, nos últimos dias. Acompanhe:
“2º MANIFESTO DA REITORIA DA UFSM
Tendo em vista já terem decorrido mais de sete semanas de deflagração da greve na Instituição, através das seções sindicais dos servidores da UFSM, com apoio do DCE, e em consideração aos diferentes interesses das pessoas que formam a comunidade universitária, grevistas e não grevistas, temos a ponderar:
1) Reafirmamos que nossa gestão na Reitoria foi respaldada democraticamente pela maioria da comunidade universitária em 2009, e que por isso respeitamos plenamente a todos quantos fizeram suas escolhas no momento atual. Desse modo, a Reitoria não pauta greve e não substitui ingerências que são sindicais ou de categorias, cabendo-lhe apenas reconhecer que muitos pontos das pautas de reivindicações dos diferentes segmentos são justos, a exemplo da mudança do plano de carreira docente com suas repercussões salariais positivas, de reajuste salarial dos TAE e novos recursos orçamentários para qualificar ainda mais o ensino superior e a educação no Brasil e apoiá-las nas esferas possíveis, ou seja, junto à ANDIFES, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO.
2) Como vivemos na plenitude do estado do direito, num regime democrático e de ampla participação da cidadania, respeitaremos todos os princípios legais da gestão pública universitária, pois a cada uma cabe suas responsabilidades, das quais advêm ônus e bônus. Sendo assim, reafirmamos que respeitaremos tanto aqueles que, por seus motivos, resolveram não aderir ao movimento paredista, quanto aqueles que aderiram, garantindo-lhes todos os direitos inerentes à lei.
3) Discordamos daqueles que afirmam que existe precarização na UFSM, em especial decorrente do Programa REUNI, que atinge seus recursos humanos e as estruturas física e financeira da Universidade, pois todos os dados que possuímos apontam o contrário. Através do…”
PARA LER A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO DA REITORIA, CLIQUE AQUI.
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