PROJEÇÃO. Eleições de 2012 têm mesmo alguma coisa a ver com o que acontece só dentro de 2 anos?
Há duas maneiras de responder à questão aposta ao título desta nota, na (nem sempre) humilde opinião do editor. Numa delas, o Não emerge com absoluta tranqüilidade. Afinal, o interesse do eleitor está bem distante da disputa para os governos dos Estados e da Presidência da República. A comuna é o que interessa – com suas virtudes e problemas à espera de solução. Assim, sobrevivem alianças as mais diversas, sem contato outro com a realidade – exceto a local.
Na outra, o Sim é perfeitamente aceitável, na medida em que os partidos políticos estão, naturalmente, expondo suas estratégias, inclusive na formação das alianças. Vale, sobretudo, para as cidades maiores, com eleitorado mais robusto e, talvez, expectativas diferentes. E neste, somente neste caso, faz sentido o material publicado nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de São Paulo. Confira, a propósito, a reportagem assinada por Wilson Tosta. A seguir:
“PT e PSDB medem forças em ‘cidades bilionárias’ já com os olhos em 2014…
…Com 37 % dos recursos disponíveis para os mais de 5.500 municípios brasileiros, 47 cidades (menos de 1% do total) integram um seleto grupo no País, o de prefeituras com orçamento anual igual ou superior a R$ 1 bilhão. Não por acaso, as disputas por uma cadeira de prefeito nesse “clube do bilhão” devem ser as mais acirradas na campanha deste ano.
O partido que comanda mais prefeituras no “clube” é o PT, com 11 prefeitos. Em seguida aparece o PSDB, com sete chefes de Executivo. PMDB e PDT vêm logo em seguida, com seis cada.
Como já dispõem de mais prefeituras bilionárias, tucanos e petistas, adversários no plano nacional, devem protagonizar também os principais embates. O PT está em campo com 36 candidatos próprios nessas cidades, enquanto o PSDB reúne um time de 27. Contando todos os partidos, 300 pessoas buscam uma das 47 “prefeituras bilionárias”.
Vencer nos municípios com alto orçamento terá forte influência também nas eleições presidenciais e de governadores em 2014, avaliam os partidos. Daí a importância dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão paulistana. Ele quer…”
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