Neste sábado, numa chapa de consenso (arrancada a fórceps, na véspera, diante da disputa que parecia inevitável), o PMDB gaúcho elegeu, em convenção, seu Diretório, delegados à convenção nacional e Conselho de Ética. O Diretório, ainda no sábado, ESCOLHERIA o deputado estadual Edson Brum para a presidência estadual.
Entre titulares e suplentes, nada menos que 163 nomes estão na composição de todas as instâncias de decisão do PMDB/RS. E aí não está incluído o líder de bancada na Assembleia Legislativa (que também faz parte do Diretório).
Nesta quantidade toda, só há um nome santa-mariense. Justamente o do prefeito Cezar Schirmer, que, por sinal, já é membro nato do Diretório, por ter sido presidente. É algo com que o peemedebismo local talvez devesse se preocupar. Talvez.
Comunas muito menos e de significado pouco menos que irrelevante na política gaúcha tem mais representantes nas instâncias decisórias do PMDB gaúcho. Só para exemplificar, Erechim. A comuna, no norte do Estado, não venceu as eleições de outubro (ao contrário de Santa Maria). De lá, confere o editor, saíram dois membros titulares do Diretório. Pooois é.
Feita essa consideração, digamos, paroquiana, é de ressaltar que os peemedebistas gaúchos, ao mesmo tempo em que saudaram a convenção, fixando o interesse prioritário na disputa de 2014, inclusive levantando uma bandeira (de escassas possibilidades, aliás) de candidatura própria à Presidência da República, tem um problema de bom tamanho para resolver.
Qual? Tentar um mínimo de unidade depois de uma convenção em que se percebeu, claramente, um racha na agremiação. Afinal, se houve consenso para o Diretório, faltou para a presidência: apenas três votos separaram o perdedor, Alceu Moreira (34), do vencedor, Edson Brum (37). Administrar isso é uma imposição peemedebista. Do contrário, as bandeiras levantadas na sabatina, em si mesmas difíceis de realizar, ficarão apenas no plano do desejo.
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