2014. Eleição presidencial só está agora por Marina, e tucanos e socialistas imaginam obter os votos “dela”
É um grande exercício de hipocrisia- embora seja assim, também, na política. As primeiras manifestações de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) foram de solidariedade “à luta de Marina Silva”, como se depreende de REPORTAGEM de João Domingos, publicada agora há pouco na versão online do jornal O Estado de São Paulo – tão logo se confirmou o que já era aguardado. Isto é, a negativa de registro para o Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora e ex-ministra, ex-petista e ex-verde tentava criar. E que ainda pode ser aprovado, mas em nova rodada e já sem tempo legal para apresentar candidatos em 2014.
No entanto, o que ambos querem, tucano e socialista, é exatamente armar a estratégia para tentar conquistar os votos de Marina – que beiraram os 20 milhões em 2010 e não se sabe, a rigor, para onde irão. Só não se sabe, no entanto, é o que a própria Marina fará. Ela ainda pode ser candidata (embora isso derrube todo o discurso do “novo” que ela encarna), desde que se filie a algum partido até esta sexta-feira. O Partido Ecológico Nacional (PEN) e o ex-comunista Partido Popular Socialista (PPS) já lhe ofereceram legenda. O que acontecerá? Talvez nem ela saiba.
Ah, a propósito da decisão do Tribunal Superior Eleitoral, acompanhe material originalmente publicado na versão online d’O Estado de São Paulo. A reportagem é de Isadora Peron. A seguir:
“TSE rejeita pedido de registro da Rede…
… Em sessão realizada na noite desta quinta-feira, 3, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o pedido de registro da Rede Sustentabilidade. De acordo com a relatora, ministra Laurita Vaz, a Rede cumpriu todos os requisitos para o registro de partido, exceto a entrega do número mínimo de apoios validados pelos cartórios. O voto da relatora foi seguido por seis dos sete ministros. O ministro Gilmar Mendes foi o único a favor do registro.
Para o TSE, a Rede comprovou ter o apoio de cerca de 442.524 – cerca de 50 mil apoiamentos a menos do que o exigido. O advogado da Rede, Torquato Jardim, defendeu em sua sustentação que outras 95 mil assinaturas fossem consideradas, pois foram rejeitadas sem justificativa pelos cartórios eleitorais.
A ministra, no entanto, acolheu a recomendação do vice-procurador geral eleitoral, Eugênio Aragão, de que não seria razoável pedir que os cartórios fizessem uma discriminação individualizada da negativa de cada uma dessas assinaturas…”
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Não iria votar na Marina. Pessoal dela entregou as assinaturas em pacotes de 100 fichas. Em ordem alfabética. Para facilitar. Aconteceu de tudo. Cartórios do ABC paulista rejeitaram assinaturas em massa, não precisam justificar. Um cartório nem analisou assinaturas porque o funcionário responsável “entrou em férias”. E sempre aparece o “superético” para dizer que foi tudo legal, que é do jogo.
O exercício de hipocrisia mais instantâneo que já vi.É muita cara de pau dos dois tentarem se passar por bonzinhos e queridos quando no fundo estão felizes da vida e muitíssimos “receptivos” aos votos da Marina.Perderam de calar a boca.