OPINIÃO. Qual a vantagem de Marina Silva, mesmo?
Aos que reclamavam uma avaliação deste editor e embora ele não se sinta obrigado a dar opinião sobre tudo, vale pelo menos uma reflexão acerca da decisão de Marina Silva. A ex-petista, ex-verde, ex-senadora, ex-ministra e, agora, ao que parece, ex-futura candidata a Presidente da República pelo Rede Sustentabilidade (?), não há dúvida, surpreendeu. Isso é verdade cristalina. Passou por cima de qualquer previsão dos habituais “comentaristas”, inclusive o que vos escreve, ao optar pelo PSB de Eduardo Campos – este, claro, candidato a Presidente.
Escrevi a respeito, ontem ainda, no FEICEBUQUI. Vou tentar “refinar” o que publiquei na rede social. E começo lembrando um textinho escrito por um bom observador das coisas do Rio Grande e do Brasil, o jornalista Mário Marcos de Souza.
Confira o que ele escreveu:
“Da série ‘Eu só queria entender’: como explicar que Marina Silva, dona de um patrimônio eleitoral de 20 milhões de pessoas e com 16% da preferência nas últimas pesquisas, aceite ser vice na chapa de um candidato à presidência que não passa de 5% nos levantamentos?”
Este editor vai na mesma linha dele, mas arrisca uma resposta. Ou, como escrevi ontem, um palpite, nada além de palpite. Qual?
Marina Silva vai ficar em segundo plano (como qualquer vice, em qualquer eleição). A menos que seja a candidata a presidente (e, nesse caso, Eduardo Campos é que será o secundário).
Isso para ficar apenas no caso de ambos. Já em relação ao PSDB, que também se pretende protagonista, no pleito de 2014, escrevi e repito, com correções necessárias.
Aécio Neves fez um discurso oficial (não necessariamente se deve acreditar, pois afinal é política) em que cumprimenta Marina, e acreditando que isso é uma “resposta ao PT”. Aliás, enquanto o tucano só pensar no seu adversário, dificilmente se apresentará como alternativa real de Poder. Que isso é bem mais que apenas atacar o outro.
Porém, pensa este editor, a candidatura de Aécio (ou a de José Serra, se o mineiro não se cuidar) corre o risco de desaparecer, principalmente porque perderá o principal apoio que tem hoje, o da mídia. Esta, já foi possível perceber, se foi de mala e cuia para o lado de Campos (e não necessariamente de Marina que, afinal, será vice – é o que se diz).
Como efeito correlao das posições de Aécio e da entrada de Campos (e não de Marina, que será vice), trará problemas adicionais para seus apoiadores nos Estados, inclusive no Rio Grande do Sul.
Como se afirmou lá em cima, isso é só um palpite, nada além de palpite. E ainda fica a pergunta de Mário Marcos, por enquanto sem resposta adequada: o que acontecerá com Marina, afinal de contas, se ela resolveu ser coadjuvante?
Vai ser a candidatura do Movimento “Cansei”, nada mais que isso. “Cansei de ir no shopping consumir, agora vou protestar um pouquinho nas redes sociais”.
Hoje, pelas pesquisas, á presindenta DILMA, ganha de qualquer cantidaturas ,oposicionistas, e ainda governa o pais.(o que não é fácil) eu diria..
“Aliás, enquanto o tucano só pensar no seu adversário, dificilmente se apresentará como alternativa real de Poder. Que isso é bem mais que apenas atacar o outro.” Bueno, e o PT não ataca ninguém? Problema do PSDB é que não tem base, não tinha discurso (já dá para ter um agora), está dividido (Serra, o chato incansável) e não tem muito espaço na mídia. Vamos e convenhamos, quem governa sempre está fazendo alguma coisa que é notícia. Sempre tem um programa para anunciar ou uma obrinha para inaugurar.
Eduardo Campos é pouco conhecido, mas, pelo que tenho ouvido por aí, já tem mais do que aparece na pesquisa. E os milhões da Marina não são só pelo discurso ecológico, muita gente está cansada da polarização tucano-petista e a ex-senadora sabe disto.
Note-se que ela fala em adensar um programa com o já candidato. Negociações ocorrerão. Além disto, ela trabalha na rejeição à própria candidatura. Muita gente fala que não votaria nela porque a plataforma ecológica defendida por Marina poderia levar a problemas economicos. Juntando com Campos que tem um bom transito no empresariado resolve.
Roberto Freire ficou esperando no altar. Os irmãos Gomes não gostaram do rumo das coisas. Anos atrás, Ciro ia se candidatar a presidente e Lula negociou uma desistência, não se sabe quais os termos.
E não se pode ignorar quem estava do lado de Marina. Miro Teixeira do PDT do RJ, por exemplo. E quem ajudou na negociação: Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, ambos do PMDB.
eu quero só ver quando iniciar o segundo turno e a MARINA e CAMPOS nao chegarem; gostaria de saber que decisão tomarão; pelo que vi, o REDE tem dono, pois nao vi notícia de nenhum congresso dos apoiadores para tomarem esta decisão de coligaçao e filiação. Como o político trabalha rápido, quando sua vida está em jogo.