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MÍDIA… E Democracia, o (bom) debate em dois dias

A promoção foi da Seção Sindical dos Docentes da UFSM e aconteceu na sexta-feira e sábado, no auditório da sede da entidade. Os que lá foram, aproveitaram. Os que não foram, perderam. E não só os jornalistas, é bom que se diga, na medida em que Mídia e Democracia são temas que interessam a todos. Bem, deviam interessar, ao menos.

Sobre os dois dias e os debates que nele ocorreram, além das manifestações dos participantes, a assessoria de imprensa da Sedufsm fez um amplo e significativo material, que vale a pena conferir. O texto é de Bruna Homrich e Carina Carvalho, com foto de Fritz R. Nunes. Acompanhe:

Jornalismo investigativo. Uma oficina que contou com Pomar, Wagner, Zanatta e Roese
Jornalismo investigativo. Uma oficina que contou com Pomar, Wagner, Zanatta e Roese

Sedufsm debate mídia e a falta de democracia no país…

O Seminário ‘Mídia e Democracia’, promovido pela Sedufsm nos últimos dias 22 e 23 – sexta-feira e sábado –, evidenciou debates importantes a serem feitos quando o assunto é regulamentação da mídia ou descentralização dos veículos de comunicação. Tais temáticas permearam, especialmente, a mesa realizada na sexta-feira, intitulada ‘Jornalismo e transformação social’, com o jornalista da Adusp, Pedro Pomar, o repórter especial do jornal ‘Zero Hora’, Carlos Wagner, e a jornalista da Assufsm e da revista ‘O Viés’, Nathália Drey Costa, sob a coordenação do jornalista da Sedufsm, Fritz Nunes. Instigados a contribuírem com um dos assuntos mais instigantes da atualidade, os debatedores procuraram abordar a necessidade da democratização dos meios de comunicação para diversas esferas da vida social.

E uma das primeiras constatações de Pedro Pomar foi exatamente a de que, para os trabalhadores e povos marginalizados do país, falta democracia em todos os âmbitos. “Democracia existe da classe média para cima. Da classe média para baixo é polícia militar”, diz, ressaltando que a origem dessa realidade é a extrema concentração de renda, riqueza e propriedade. Então, o oligopólio que acomete a comunicação no país é mais uma expressão dessa divisão da sociedade em classes sociais. Trazendo o conceito de ‘hegemonia’ do italiano Antonio Gramsci, que trata da dominação pelo consenso, o jornalista apresentou uma divisão para melhorar o entendimento acerca da situação brasileira. A mídia no Brasil, diz Pomar, é dividida entre a privada, ou hegemônica; a alternativa, ou contra-hegemônica, e a pública, aqui entendida como aquela de conteúdo estatal.

A fim de explicitar com clareza a quem serve a comunicação produzida pelos grupos dominantes, Pomar fez uma breve recapitulação sobre a atuação desses veículos no regime ditatorial brasileiro (1964-1985). Já no golpe, os grandes jornais e rádios – a televisão ainda se desenvolvia no país – estimularam o golpe militar; e, como se não bastasse, também cumpriram um papel decisivo na sustentação do regime, constatação exemplificada com a intensa propaganda favorável ao Plano Real…” 

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Um Comentário

  1. Quem foi perdeu tempo, isto sim. O paradigma é do século passado. Antonio Gramsci, década de 30 do século passado. Ao invés de implantarem a ditadura do proletariano à força, o plano é infiltrar todo o sistema de educação e dominar a mídia de massa. Uma lavagem cerebral coletiva resolve, implanta-se no Brasil um regime que não funcionou nem na Alemanha porque somos melhores. É um delírio atrás do outro. E pérolas: “intensa propaganda favorável ao Plano Real – proposta que, dentre várias outras ações, visava a privatizações e arrochos salariais”.

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