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DITADURA NUNCA MAIS. A Semana da Democracia vai refletir sobre o golpe militar, que completa 50 anos

Nunca mais a escuridão política. Nunca mais repressão ao ser humano e suas liberdades
Nunca mais a escuridão política. Nunca mais repressão ao ser humano e suas liberdades

A iniciativa é do Governo do Estado. Mas há ampla participação, dos mais variados matizes. Todos, porém, unidos com um único objetivo: refletir sobre o golpe militar que chega a meio século e, sobretudo, defender a democracia, um bem universal a ser preservado a todo custo.

São mais de 30 debatedores, que se incluem em atividades entre esta terça-feira e o sábado. Entre eles, por exemplo, o jornalista Franklin Martins e a deputada Maria do Rosário, e o senador Pedro Simon, que presidiu por muitos anos o MDB, partido que fazia a resistência democrática no âmbito eleitoral.

Para saber mais da “Semana da Democracia”, vale conferir o material originalmente publicado no jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Nicolas Pasinato, com fotomontagem do blogue Guerrilheiro do Entardecer. A seguir:

Governo do Estado realiza evento para marcar a democratização do Brasil

De 1 a 5 de abril acontece a Semana da Democracia, evento realizado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, que reunirá um conjunto de atividades para marcar a democratização do Brasil. Participarão do evento mais de 30 debatedores para falar sobre o golpe militar de 1964, que neste mês completa 50 anos, e suas consequências. Participarão também convidados de países como Chile, Argentina e Uruguai, que também passaram por ditaduras militares. As atividades da Semana da Democracia têm entrada franca e ocorrerão na Arena montada no Memorial do Rio Grande do Sul/Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.

Entre os participantes estão familiares de desaparecidos, ativistas de direitos humanos, jornalistas, sociólogos, advogados, diretores de centros de memória da América Latina, artistas plásticos, músicos e integrantes da Comissão de Mortos e Desaparecidos. “A intenção é homenagear aqueles que lutaram pela democracia e também reforçar a memória histórica do que foi os 20 anos de ditadura no Brasil para que a democracia nunca mais desapareça”, afirma o o secretário do Conselhão, Marcelo Danéris. Segundo ele, preservar a memória do período da ditadura é fundamental para que as novas gerações assumam o compromisso de “guardiãs da democracia”.

Para debater o assunto, haverá pessoas que passaram pelo obscuro período dos regimes militares como Lílian Celiberti, sequestrada com seus dois filhos em 1978 durante a Operação Condor. Também estará presente a argentina Estela de Carlotto, presidente da Associação das Avós da Praça de Maio, e o diretor do Museu da Memória do Chile, Ricardo Brodski.

Outro convidado internacional confirmado é o jurista espanhol Baltasar Garzón, que determinou a prisão do ex-presidente chileno Augusto Pinochet. Entre os brasileiros participarão do evento a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, o jornalista Franklin Martins, com marcada trajetória de resistência à ditadura e Juremir Machado da Silva, pesquisador do tema. Também participarão do evento o senador Pedro Simon, integrante do Movimento Democrático Brasileiro e o músico Nei Lisboa, que teve o irmão assassinado pelos militares…

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