ELEIÇÕES 2014. Saiu da cartola de Sartori nome de Fátima Schirmer, para concorrer à AL. Vai dar certo?

De duas lideranças (que estiveram presentes à reunião do Diretório Municipal do PMDB, na semana passada), ambas bem enfronhadas nas questões partidárias, o editor ouviu a mesma coisa. E que pode ser resumida numa única frase, feita literalmente por um dos interlocutores:

“O (Cezar) Schirmer quer o (Cezar) Gehm; o partido quer o (João) Kaus. E vai dar Kaus. Quem quer a Fátima (Schirmer) é o (José Ivo) Sartori”.

Mas, por que isso aconteceu? Sem querer imputar responsabilidades, inclusive porque vão precisar dele na campanha, os peemedebistas acreditam que essa questão toda seria absolutamente irrelevante, se Tubias Calil não tivesse decidido abdicar da candidature natural ao parlamento gaúcho. Ninguém, inclusive, questiona as razões, o que, de resto, neste momento nada adianta. Tem é que “resolver” o problema.

As razões de Sartori, distante de Santa Maria, são óbvias. Ele acredita que a Primeira Dama, inclusive com o apoio de Schirmer, pode lhe dar uma sustentação eleitoral maior do que as que poderiam oferecer Cezar Gehm (que, aliás, tem dito não querer a candidature) ou João Kaus. Em Santa Maria, porém, exceto por quem não está na militância do dia-a-dia, a percepção não é exatamente a mesma.

O episódio Kiss e o desgaste de Cezar Schirmer são comprometedores de um bom desempenho eleitoral – imaginam, tentando raciocinar, os oponentes da ideia de ver Fátima Schirmer candidate. Ela, ao ser QUESTIONADA  por A Razão, na edição de sexta-feira, dia 11, deu uma resposta padrão:  “Foi um susto e uma surpresa”. E também declarou que “ainda não conversou com Schirmer sobre o assunto”.

OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: seria uma estupidez negar a importância de Fátima Schirmer numa eventual entrada no processo eleitoral. No entanto, o lançamento de seu nome tem muito mais cara de “desespero” politico de Sartori, que não tem um candidato viável em Santa Maria, do que propriamente uma alternativa real de candidatura.

Nem precisa se avançar muito para saber que, neste momento em que o prefeito Schirmer começa, ainda que timidamente, a se afastar do episódio que marcou (e marcará, como nenhum outro) o seu mandato, e mesmo que a Primeira Dama nada tenha a ver com isso, uma eventual confirmação do nome de dona Fátima como candidata, reacenderá discussões extremadas que, afora prejudicar o potencial eleitoral, ainda terá, como efeito subsidiário, atrasar o lento trabalho de recuperação da imagem do prefeito e de sua Administração.

É triste e lamentável. E a Primeira Dama vira vítima nesse episódio. Mas é verdadeiro.