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EXCLUSIVO. Empresa do PAC Social cancela trabalho e dá como causa a ‘falta de pagamento pela prefeitura’

Antes de mais nada, é preciso dizer: a prefeitura municipal foi contatada na sexta-feira para fazer o contraponto. O editor sabe que o material foi encaminhado à secretária de Habitação e Regularização Fundiária, Magali Marques da Rocha, a quem está afeta a questão. Até o presente momento, nenhum esclarecimento chegou ao sítio.

Na noite de sexta, um comentário preliminar, no entanto, foi feito, via assessoria de imprensa. Este: a responsabilidade pelos efeitos da denúncia não seria do Executivo de Santa Maria, tanto que as contrapartidas municipais foram todas cumpridas e, portanto, não seria responsabilidade local, mas federal, o fato de o trabalho ter sido interrompido”.

O leitor tem toda a razão, se imaginar que o editor está falando grego. Então, ressalvado o contraponto (por enquanto incompleto) do Executivo, é hora de colocar a denúncia – que chegou ao sítio de forma oficial e devidamente identificada, na última quinta-feira. É preservado apenas o nome da fonte, aliás pra lá de confiável, mas o conteúdo está praticamente na íntegra. Confira:

“ O Grupo Maciel, empresa com matriz em Porto Alegre  realiza o trabalho social do PAC para a prefeitura atendendo toda a Nova Santa Marta, Km 2 , Km 3 , Vila Natal , Cipriano Rocha , Loteamentos Lorenzi  e Brenner. Devido a Prefeitura estar praticamente sem gestão , sem diretriz de trabalho, com seis meses sem repassar a verba para a empresa, esta cancelou o trabalho”.

E qual seria esse trabalho?

“Fazíamos todo o acompanhamento social, cadastros, cursos profissionalizantes para essas pessoas.”

Desde quando as atividades aconteciam e o que é exatamente o “trabalho social”?

 “Desde março de 2011. Para executar todo o trabalho social de quem já ganhou e de quem irá ganhar do PAC. O trabalho social envolve uma equipe de 15 pessoas. Sã eles a coordenadora do  escritório local, a Assistente socail, um diretor financeiro e os visitadores sociais – estudantes das areas da educação, saúde e do curso de serviço Social. Trabalhamos de segunda à sexta, os visitadores trabalham nas comunidades das 8h à 13h, acompanhando essas famílias, encaminhamento para consultas , 2ª via de documentação , realizando o cadastramento de pessoas que precisam ganhar casa, intervenções de problemas familiares.

Pelo também são promovidos cursos profissionalizantes com essas pessoas – de informática , cuidador de idoso, manicure, costura industrial, entre outros. Desses cursos, alguns são realizados na EMAI , outros no SEBRAC, através de parceirias da empresa. Fazíamos também ações nos finais de semana, levando palestras, oficinas, teatro para as crianças, chamado “Projeto Conviver”.

A fonte também explica, na visão da empresa, os problemas de relacionamento com a Prefeitura e que culminaram com a decisão de cancelar o contrato:

“Sempre tivemos problemas com a prefeitura de atraso de pagamento, mas conseguiamos realizar. A Maciel Auditores sempre disponilizou de recursos para dar continuação. Nos últimos cinco meses, fizemos todo o mapeamento na Nova Santa Marta , porque a prefeitura tinha um mapa de 2007. Tudo que estava sendo feito nessa area social foi através da empresa somente. Agora estamos nos retirando depois de seis meses sem pagamento. A Caixa Econômica (Federal) nos passou que a prefeitura está sem gestão, sem diretriz de trabalho, não fez a reprogramação de casas e de pessoas beneficiadas e que provavelmente esse recurso do PAC irá voltar para Brasília. Por esse motivo a CEF não está mais repassando a verba para a Prefeitura. A secretária Magali (Marques da Rocha) não sabe dar maiores explicações , fala que quer transformar o PAC em “Minha casa minha vida”, situação que tudo indica a CEF não vai aprovar.”

Bueno, aí está. Sem tirar nem colocar. Esperam-se os esclarecimentos da Prefeitura, inclusive porque há milhares de santa-marienses beneficiados pelo PAC. E estes, em última instância, não podem ser os prejudicados, cá entre nós.

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: Sem comentários.

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8 Comentários

  1. Dr.Sergio Medeiros,conheço seu belo trabalho,portanto não se queime,defendendo gente incompetente,nem tentando justificar o que justificado está…..

  2. Uma pergunta, se é PAC não é o governo federal que realiza o pagamento via CAIXA?

    Outra pergunta, o gritedo que os prefeitos do Brasil inteiro estão fazendo a respeito da falta de pagamento de contratos assinados com a CAIXA não tem nada a haver com isso?

    última pergunta, este material que o nobre blogueiro recebeu é oficial da empresa ou (já) de ex-funcionárias?

    Sem mais …

    (NOTA DO SÍTIO – se é funcionário ou ex-funcionário é irrelevante. O que interessa é a veracidade da informação. Aliás, a notícia é TÃO VERDADEIRA que a prefeitura não apenas não nega, como explica por que não paga. Como é possível conferir em nota publicada agora há pouco)

  3. Sou atual presidente da Associação dos Moradores do Loteamento Cipriano da Rocha, comunidade que era atendida pela Maciel Auditores. Aqui eram realizados alguns trabalhos de cadastramentos, encaminhamentos para 2ª vias de documento, alguns cursos até foram realizados e ofertados aos moradores. No entanto, tudo o que foi realizado, está muito distante de ser o que realmente deveria ser o trabalho social prestado pelo PAC nas comunidades. A Associação de Moradores do Cipriano denunciou ao MP e as Comissões de Direitos Humanos e de Serviços Públicos da Câmara de Vereadores a falta do efetivo Trabalho Social nesta comunidade. É inadmissível que enormes quantias de dinheiro público são destinadas para um trabalho social precário e que não atende de forma eficaz as comunidades.

  4. Mais verbas perdidas, a população desassistida e o reizinho decretando ponto facultativo e protestando por verbas em Porto Alegre (ou seria passeando?). É uma piada de muito mau gosto.
    A Magali não me surpreende, eu a conheci quando vereadora; ela sabe nada de tudo, é mais uma "competente" do time da prefeitura. Sem saber o que dizer, calou-se.
    Pena que essa calamitosa desadministração do triunvirato Xirme/Tubias/Farret ainda tem 3 anos e meio pra detonar nossa cidade.
    Destaco a parte final do texto da empresa;
    A Caixa Econômica (Federal) nos passou que a prefeitura está sem gestão, sem diretriz de trabalho, não fez a reprogramação de casas e de pessoas beneficiadas e que provavelmente esse recurso do PAC irá voltar para Brasília. Por esse motivo a CEF não está mais repassando a verba para a Prefeitura. A secretária Magali (Marques da Rocha) não sabe dar maiores explicações , fala que quer transformar o PAC em “Minha casa minha vida”, situação que tudo indica a CEF não vai aprovar.”
    O reizinho já privatizou até o cemitério, logo vai privatizar o saneamento. Não é por outro motivo que recusou os R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões) da CORSAN.

  5. Mas como em sã consciência, alguém pode imaginar que a CEF vai autorizar algum pagamento se o município não está acompanhando devidamente o processo e validando e atestando sua execução.

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