ASSEMBLEIA. Entrada de Fátima Schirmer embaralha o jogo eleitoral e põe muitos candidatos em polvorosa
É fato: a entrada de Fátima Schirmer no jogo eleitoral embaralha um bocado as previsões iniciais. E deixa muitos candidatos já postos em polvorosa – com a revisão, inclusive, de táticas de campanha. Ela deve dizer até o meio desta semana, se concorre ou não, mas neste momento ninguém mais tem dúvida: a PMDB vai rifar João Kaus e apostar na Primeira Dama, como o nome do partido para concorrer à Assembleia.
Essa circunstância inusitada torna-se, também, absolutamente imprevisível no seu resultado. É verdade, como disse um militante ao editor, no final de semana, que Fátima é “boa de campanha, entra em qualquer casa e gosta de fazer isso”. Nessa condição, foi a grande militante do marido, Cezar, especialmente nas duas disputas em que ele venceu, para a Prefeitura de Santa Maria. Portanto, bastante respeitada. O que não garante nada, mas é uma credencial que, de cara, a peemedebista traz para a disputa de 2014.
Ninguém discute, de outra parte, que o ex-prefeito Valdeci Oliveira, do PT, tem todas as condições de, no mínimo, repetir o desempenho de 2010 e largar praticamente eleito, de Santa Maria – independente do que seu partido apresentar, na votação total do Estado. Também parece evidente que, inclusive por conta da natural visibilidade ostentada como deputado, o tucano Jorge Pozzobom é outro privilegiado pela circunstância de já ser parlamentar e por ter feito campanha para prefeito, há dois anos – o que lhe imputa bom nível de recordação no imaginário do eleitor.
A partir daí, é uma incognita. Helen Cabral, do PT, também concorreu a prefeito e tem o apoio do grupo de Paulo Pimenta, candidato a deputado federal, com a maior militância do petismo santa-mariense, o que pode fazer a diferença. Ao pedetista Marcelo Bisogno, do alto dos seus 8 mil votos para a vereança, há dois andos, é igualmente permitido supor que condições de aspirar a alguma coisa.
No quadro assim posto, impõe-se dizer que Sérgio Cechin (PP), se de fato concorrer, Werner Rempel (PPL) e Manoel Badke (DEM) são azarões, não obstante suas condições pessoais e políticas inegáveis. De inhapa, ambos, mais Pozzobom e Bisogno sobretudo, são os que mais têm a perder com a entrada de Fátima Schirmer na disputa. É o que se diz. Mas não se sabe se é o que se verá.
Chega a ser cansativo lembrar isso, mas é coisa corriqueira na politicagem brasileira lançar candidaturas de esposas, filhos e netos quando a situação fica desfavorável para um determinado político. Isso é herança do coronelismo e vergonhosamente continua a acontecer. Não se surpreenda se a primeira dama se eleger e garantir a renda familiar às expensas do tesouro público, como há décadas. Isso liberaria o excelentíssimo intendente municipal para aceitar um cargo por indicação no governo do estado de Ana Amélia Lemos e abandonar Santa Maria nas mãos do "inoxidável" Dr. Farret nos próximos dois anos. Sou uma boa futuróloga, Alex?
E quantos estão se candidatando a estadual para ganhar cacife para 2016?
Não essa turma do palacete pode aproveitar bem pois politicamente por enquanto estão morto, mais adiante pode ser pois o povo tem muito pouca memoria, e gosta é só olhar para a camara e o senado, estão todos de volta.
Qual será o comportamento do cidadão de Santa Maria após a tragédia da Boate Kiss, após o comportamento do governo Cezar Schirmer em abafar a CPI da Kiss, após a rotulação dada de aberração jurídica ao trabalho da Polícia Civil?
Será que a população relevará isso e votará em Fátima Schirmer ou isso pesará contra ela?
Confira em https://claudemirpereira.com.br/2013/03/a-reacao-schirmer-ataca-a-policia-e-diz-que-tese-do-inquerito-no-que-toca-a-ele-e-aberracao-juridica/#axzz30FRaGATt
Qual sua opinião?
Fátima Schirmer ganhará o voto do cidadão de Santa Maria? Sim ou não?