ELEIÇÕES. Escolha de Beto para vice de Marina agita o PMDB e Simon não é “opção automática” ao Senado
Pedro Simon até poderá se transformar no candidato do PMDB ao Senado, com a escolha de Beto Albuquerque (a ser OFICIALIZADA na tarde desta quarta) como o parceiro de Marina Silva na disputa presidencial pelo PSB. Mas parece cada vez mais claro que o veterano senador não é a unanimidade que já foi, no interior do partido.
Incomoda particularmente, foi possível notar nas manifestações vazadas para a mídia nos últimos dias, o fato de Simon ser, neste momento, não “do PMDB”, mas de Marina – que o teria convidado nesta terça-feira para reassumir a disputa. Uma espécie de “intervenção” da candidata no partido aliado no Rio Grande.
Aliás, nem tão aliado assim. Os peemedebistas, por maioria (mas não mais que isso), eram parceiros de Eduardo Campos, e não da ex-pt E ex-Verde, que deixará de ser apoiada por boa parte, especialmente dos (não poucos) nomes ligados ao agronegócio. Enfim, a solução Simon pode até facilitar o entendimento com a chapa nacional, mas divide ainda mais o partido no Rio Grande.
O diabo, como disse um (com palavra mais singela), é que o risco de esfacelamento da unidade em torno de José Ivo Sartori, candidato ao Piratini, poder virar uma realidade, com um para cada lado, na campanha ao Planalto. Pooois é. As opções Ibsen Pinheiro, José Fogaça e até mesmo (especialmente) o “renascimento” do nome de Germano Rigotto têm muito mais cara de “plantação” do que notícia. Mas são viáveis, claro, num cenário em que a divisão é a norma.
E o eleitor? Se para o Governo do Estado e até para a Presidência seja possível não haver mudança significativa, na disputa ao Senado há, sim, mudança. A entrada de Simon, se acontecer, imaginam muitos, poderia equilibrar um pouco mais a briga e, quem sabe, quebrar a polarização hoje óbvia, entre o petista Olívio Dutra e o pedetista Lasier Martins.
A conferir – depois que o PMDB resolver sua questão intestina. O que deve acontecer até o final de semana, no máximo.
Ibsen é um bom nome mas não acredito. Fogaça ficou um tempo no senado. Como bom político gaúcho tentou encaminhar soluções para o Brasil e esqueceu do pago. É só tentar lembrar algo de que tenha feito em benefício do estado que representou. Rigotto é outro, recebe a aposentadoria de ex-governador, fala em reforma tributária por aí, passeando em cima do muro.
Creio que ja esteja tudo confirmado a entrada de Germano Rigotto para a concorrência ao senado!