ELEIÇÕES. Apresentador de TV, incomodado com Luciana Genro, a compara a Hitler. Pode dar processo
A interpretação deste editor é uma só: o apresentador de TV, aliás jornalista também, Danilo Gentili, ficou claramente incomodado com o chega pra lá que lhe deu Luciana Genro – ela pediu-lhe para estudar mais, antes de falar em “comunismo”. Aí, o rapaz resolveu dar o troco via internet, criando um meme (este que você vê na imagem acima).
Só o que não sabia era da repercussão. Não pensou. Não “estudou”. Quando se deu conta, retirou o post de sua página no Feicebuqui. Mas o estrago já estava feito e a ameaça de processo é iminente, como você confere no material originalmente publicado no portal Congresso em Foco. A reportagem é de Bruna Serra. Um trecho, a seguir:
“Luciana Genro ameaça processar Danilo Gentili por compará-la a Hitler…
…Engana-se quem pensa que já está encerrada a polêmica em torno da entrevista da candidata do Psol à presidência da República, Luciana Genro, ao apresentador do SBT, Danilo Gentili, do SBT. Pelo contrário, o embate entre os dois sobre socialismo e comunismo pode ir longe, mais especificamente aos tribunais. A candidata ameaça processar o apresentador por compará-la ao ex-ditador Adolf Hitler. Depois da entrevista da última segunda-feira (15), em que Luciana Genro recomendou a Gentili que “estudasse mais para entender o que é socialismo”, o apresentador revidou com um meme postado em sua página no Facebook.
Com uma foto dos dois na bancada do programa “The Noite”, o humorista fez uma montagem em que compara a candidata do Psol ao pivô da Segunda Guerra Mundial. No meme, Luciana e Danilo travam um diálogo: “A história prova que a sua ideologia fuzilou milhões de pessoas”, diz o apresentador. Em resposta, a candidata aparece dizendo que não é bem assim. “Você precisa estudar. Eu sou muito boa em argumentos!”. Em seguida, a imagem de Luciana é substituída pela de Hitler…”
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"Nisso, como em tantos outros aspectos, o nazismo e o bolchevismo chegaram ao mesmo resultado
organizacional a partir de origens históricas muito diferentes. Os nazistas começaram com a ficção de uma conspiração e imitaram, mais ou menos conscientemente, o modelo da sociedade secreta dos sábios do Sião, enquanto os bolchevistas vieram de um partido revolucionário, cujo objetivo era a ditadura de um só partido, atravessaram a fase em que o partido ficava "inteiramente acima e separado de tudo", até o instante em que o Politburo do partido ficou "inteiramente acima e separado de tudo"; finalmente, Stálin impôs a essa estrutura partidária as rígidas normas totalitárias do seu setor conspirativo, e somente então
descobriu a necessidade de uma ficção central para manter na organização de massa a férrea disciplina de uma organização secreta. A evolução nazista pode ser mais lógica, mais coerente consigo mesma, mas a história do partido bolchevista é um exemplo melhor da natureza essencialmente fictícia do totalitarismo, precisamente porque as fictícias conspirações globais, contra as quais e de acordo com as quais a conspiração bolchevista supostamente se organizou, não foram ideologicamente fixadas." Hannah Arendt no livro "As origens do totalitarismo".