NÚMEROS. Dilma venceu por 3,5 milhões de votos, mas perdeu no Rio Grande e aqui, assim como Tarso
No momento em que este texto é redigido, nas proximidades das 10 e meia da noite, o sítio do Tribunal Superior Eleitoral apontava 99,98% dos votos apurados. Faltavam 79 das 428.415 urnas, que tinham 26.154 eleitores inscritos. Portanto, vamos combinar, era o placar virtualmente final. E que não mudaria em nada o resultado conhecido desde duas horas antes: Dilma Rousseff (PT) foi reeleita Presidente da República, com, em números redondos, 3,5 milhões de votos a mais dos obtidos por seu oponente, Aécio Neves (PSDB). Ou 54,5 contra 51 milhões de votos.
No Rio Grande do Sul, nesse mesmo momento, a apuração estava já totalmente encerrada, com 100% dos votos totalizados pelo Tribunal Regional Eleitoral. E eles confirmavam o resultado conhecido bem antes das 7 da noite. A vitória do peemedebista José Ivo Sartori, que obteve 3.859.611 (61,21%) votos válidos, contra 2.445.664 (38,79%) de seu oponente, o petista Tarso Genro, que postulava a reeleição.
Agora, vamos desdobrar. Afinal, qual foi o desempenho dos candidatos à Presidência, Dilma Rousseff e Aécio Neves, no Rio Grande do Sul, por exemplo? No território gaúcho, a petista foi derrotada, mas não na mesma proporção que seu companheiro de partido, para o Governo do Estado. Dilma alcançou 46,5% dos votos, com 2.997.331. O vitorioso, cá, foi Aécio, com 3.452.417 (54,5%).
E EM SANTA MARIA?
Pois, na boca do monte, com um significado que o editor tentará ampliar nas próximas notas, daqui a pouco, incluindo personagens locais e o futuro, tanto Dilma quanto Tarso perderam para seus oponentes, Aécio e Sartori, respectivamente.
Para a Presidência da República, Dilma obteve em Santa Maria 64.772 votos (42,80%) válidos, enquanto Aécio alcançou 86.575 (57,2%). Já para o Palácio Piratini, Tarso alcançou 57.089 votos (38,45% dos válidos), enquanto Sartori obteve 90.610 (61,35%).
Aécio perdeu em MG porque achou que era favas contadas. Colocou o Pimenta da Veiga de candidato que parecia ter caído de Marte. Gaguejava e se atrapalhava mais que a Dilma nos debates. E a cereja do bolo foi o presidente da assembléia legislativa que assumiu no luga do Anastasia. Queria ser candidato no lugar do Pimenta. Não levou e roeu a corda, fez corpo mole. Junta isto com o desgaste de 12 anos de governo e tá feito o carreto.
E, claro, tem o Fernando Pimentel. Foi um dos melhores prefeitos de BH.
"Dilma ganhou em quase todos os estados onde o bolsa família(exemplo) atinge 25% da população…."
Explica ai, o bola-bola da politica, por que o Aecio perdeu em Minas Gerais, onde governou por 2 mandatos.
"Quem perde em casa,não campeonato nacional" Juremir Machado da Silva.
Tarso, o intelectual, tem um problema. Competência inversamente proporcional ao tamanho do ego.
Dilma é Dilma. Não deve mudar muito.
Nordeste? Se olharmos no mapa, Dilma ganhou em quase todos os estados onde o bolsa família(exemplo) atinge 25% da população. Correlação não quer dizer causa e efeito, mas se a carta do "bolsa família vai acabar" não fosse importante, não teria sido usada.
Pior de tudo, é que o bolsa família é uma merreca. No todo são pouco mais de 20 bilhões de reais por ano.
Anos atrás, muito dinheiro foi enviado para resolver "os problemas do nordeste". Virou apartamentos em Copacabana, foi parar na Suíça, etc. Os coronéis quase todos acabaram. Como a natureza odeia o vácuo, burocracias partidárias tomaram o lugar.
Se alguém ganha a vida com um problema, o problema não pode acabar.
Sinto vergonha do meu estado. Embora saiba que o povo do Rio Grande é machista e homofóbico. Ainda bem bem que no Brasil(embora digam que os nordestinos são burros)conseguimos entender que precisamos avançar. Penso que a Dilma fará um grande governo, com mais experiencia, mais maturidade politica e mais vontade de fazer o Brasil avançar.Um grane abraço!