“…Passei a me questionar, será que somos tão ingênuos para acreditar que tudo o que passa num documentário é a verdadeira representação da realidade? Mas o documentário não deveria ser a reprodução audiovisual de fatos reais? Afinal, trata-se de uma obra embasada em acontecimentos verídicos!
Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso da exploração da realidade. Mas isso não significa que deva representar a realidade “tal como ela é”. O documentário, assim como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. E agora José, é ou não é?…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “As facetas da realidade”, de Luciana Manica Gössling. Ela é advogada, mestranda em Direito e especialista em Propriedade Intelectual. O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!
Outro dia assisti um destes programas sobre o funcionamento do cérebro no NatGeo. Simulavam um furto no meio de uma praça, algo assim. Depois entrevistavam as "testemunhas" e comparavam os depoimentos com o registrado. Tinha a ver com a incapacidade humana de prestar atenção em mais de uma coisa ao mesmo tempo.
Existem neurocientistas pesquisando o inconsciente e tentando determinar, por exemplo, se uma pessoa é racista sem ter noção do fato. Os resultados até agora mostram que é possível. Outros estudam o plágio não intencional. Numa certa altura do campeonato, o indivíduo escreve algo que pensa ser original e na verdade não lembra que leu há tempos.
Tudo isto para dizer que "realidade" é uma palavra muito grande e cérebro não é a máquina perfeita que muitos acham.
Tirando os documentários-propaganda, feitos para propagar determinadas ideologias e levando em conta a teoria da recepção, o espaço para subjetividade é muito grande.
Uma série muito boa abordando o assunto foi feita pelo canal Futura (que também é rede Globo). Esta no youtube e chama-se "No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais". São episódios curtos.