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No meio do caminho tinha um caminhão – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Ah! Drummond que me perdoe, mas no meio do caminho não tinha uma pedra. No meio do caminho tinha um caminhão; tinha um caminhão no meio do caminho, no meio do caminho tinha um caminhão, tinha um caminhão.

Por aqui já foram mais de duzentos textos escritos, hoje tomei a liberdade de reunir dois deles. Misturar alguns parágrafos já ditos com outros ainda inéditos. Os textos intitulados A lição da tartaruga e A desconstrução da política, em tese, nada têm um com o outro. Lá foi dito, que o maior desafio dos pensadores e políticos contemporâneos é recuperar a dimensão comunitária do espaço público, como forma de aprender a arte de uma coexistência segura, pacífica e amigável.

Em busca da política, toda opção implica em escolher algo dentre outros e raramente o conjunto de coisas a escolher depende daquele que escolhe. O que é decorrente das instituições políticas vigentes que vivem um processo de abandono do seu papel. Marca-se, assim, a tendência crescente da separação entre poder e política.

Reafirma-se aqui a ausência de um agente efetivo o bastante para legitimar, promover, instalar e servir a qualquer conjunto de valores ou qualquer agenda de opções consistentes. Já não é de hoje que a humanidade move-se em questionamentos e respostas, eis a evolução do homem. Somos aprendizes dos nossos inventos. A acomodação não impulsiona, ao contrário, limita, restringe e passa a estagnar.

A mitologia chinesa vê na tartaruga “a que transporta e sustenta o mundo”. O animal que leciona neste texto pode representar uma retirada, uma proteção, até mesmo certa lentidão. E conta a mitologia que a lentidão representa a evolução do mundo.

Ensina-nos a tartaruga a apreciarmos a longevidade, simboliza o trabalho, que se traduz, novamente no crédulo dos chineses, no animal que representa uma temporada de pausa. Tempo em espera, que anunciará outros novos tempos. Evolução lenta, mas segura: eis a lição da tartaruga. Escusas prezado Drummond, de fato, no meio do caminho tinha uma pedra!

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

@vitorhugoaf

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