EVENTO. Alternativas para a cultura do fumo reúne centenas de pessoas em Santa Maria, neste sábado
Por MAIQUEL ROSAURO, da Assessoria do Evento
O 25º Seminário Estadual de Alternativas à Cultura do Fumo será realizado sábado (15), no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter (Rua Heitor Campos, s/n, fundos do Parque da Medianeira), em Santa Maria. O evento terá início às 8h30min, com entrada gratuita a todos os interessados. Paralelo ao seminário ocorre uma edição especial do Feirão Colonial, entre 7h e 15h. Ao meio-dia será oferecido almoço no local, no valor de R$ 10,00.
O evento é promovido pela Arquidiocese de Santa Maria; Projeto Esperança/Cooesperança; dioceses de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo e Cruz Alta; Cáritas RS e Comissão Pastoral da Terra (CPT/RS).
O tema desta 25ª edição será “Alimentos Saudáveis, segurança e soberania alimentar, pão justiça e solidariedade para toda a família humana”. O lema será “Que bom que você não fuma”.
O Seminário terá painéis sobre os malefícios do tabaco, agrotóxicos e transgênicos, além de experiências com alternativas à cultura do fumo.
– O tabagismo é a maior causa evitável das doenças. Algumas dessas doenças evitáveis são: câncer do pulmão, bexiga, laringe e boca, danos cardiovasculares, infarto do miocárdio, obstrução de veias periféricas, trombose e Acidente Vascular Cerebral. Alguns sintomas do hábito de fumar são: falta de ar, cansaço físico e mental e muitos outros – relata o médico e oncologista Dr. Carlos Roberto Felin.
Mais informações sobre o 25º Seminário Estadual de Alternativas à Cultura do Fumo podem ser obtidas com o Projeto Esperança/Cooesperança, pelos fones (55) 3219-4599 ou (55) 3223-0219. Abaixo, confira o relato de ex-fumantes e a programação do evento.
Relatos de pessoas que conseguiram abandonar o cigarro
Como parei de fumar
“Comecei a fumar aos 20 anos e fumei por 17 anos, daí resolvi a parar de fumar por vários motivos: saúde, qualidade de vida, financeiro e outros motivos. Parei por vontade própria sem necessidade de algum tratamento e sem ajuda de ninguém. Hoje, após 13 anos sem fumar me sinto bem melhor e sem aquele cheiro desagradável e não tenho vontade de voltar a fumar. Hoje, reconheço o quanto mal fiz para mim e para com as pessoas que eu convivia. Pois o cigarro é uma droga social, que não é necessário estar entre nós”.
José Carlos Peranconi
Malhas Medianeira – Santa Maria/RS
Como parei de fumar
“Fui uma fumante de 44 anos. Tinha 12 anos quando aprendi a fumar. Participei de um grupo de Dependentes de cigarro. Lá consegui parar de fumar. Depois de um mês sem fumar, ganhei um troféu o qual guardo com muito orgulho. Foi uma fase muito difícil, mas com muita força, ajuda de Deus e minha também, consegui. Hoje vivo aos 76 anos, uma pessoa feliz. Sem falta de ar, com muita saúde e sem aquele cheiro desagradável do cigarro”.
Maria Tereza Pozzobon
Santa Maria/RS
Parei de fumar
“Eu fumava duas carteiras de cigarro ao dia por quase 30 anos. Sentia cefaleia, dores nas pernas e tosses frequentemente. Em 11 de agosto de 2001, fui fazer uma Palestra sobre Saúde Pública em São Pedro do Sul e na volta, eu fiz a mim mesmo um questionamento: Como médico, estou sendo honesto? Naquele ano me surgiu o Diabetes e também a Hipertensão. Então coloquei fora o cigarro que estava fumando e disse nunca mais. De lá para cá sou outro, me sinto otimamente bem”.
Dr. José Haidar Farret
Médico e Vice-prefeito de Santa Maria/RS
Sou ex-fumante
“Tristemente fumei durante 27 anos. Foi um tempo e dinheiro jogado fora. Senti muitos problemas decorrentes ao cigarro e comecei ver os desafios e problemas de saúde que o cigarro vem causando nos fumantes. Decidi por livre e espontânea vontade parar de fumar. Venci a batalha e já faz 13 anos que parei de fumar e ganhei mais vida e saúde”.
Rejane Robalo
Consumidora do Feirão Colonial – Santa Maria/RS
Parei de fumar
“Comecei a fumar aos 16 anos e fumei 10 anos. Parei de fumar 02 anos devido a problemas de saúde. Voltei a fumar novamente. Fumei mais 12 anos e depois parei por decisão própria. A vontade de fumar não desaparece totalmente o que desapareceu foi a compulsão pelo vício do cigarro. A motivação de parar de fumar: idade, saúde, qualidade de vida e o cheiro desagradável do cigarro. Agora me sinto muito melhor e não voltarei mais a fumar, nunca mais por livre e espontânea opção pessoal”.
Luiz Santo Crecencio
Santa Maria/RS
Eu parei de fumar
“Comecei a fumar quando era jovem e carreguei o vício do tabaco por 15 anos. Um dia assisti a uma Conferência sobre os danos do fumo como câncer, enfisema, bronquite, anginas, entupimento das coronárias, infarto do miocárdio, arteriosclerose, infecções respiratórias, úlceras, etc. Eu pensei: como é possível um pai de família com responsabilidade e trabalho como eu, continuar se destruindo se está provado que os efeitos do Fumo são tão grandes? Daquele dia em diante decidi parar com o vício do cigarro. Meu primeiro passo foi estabelecer uma data para parar de fumar. O segundo passo foi dizer a todos, família, colegas de trabalho, amigos que eu estava parando de fumar. Eu queria ser ajudado na minha decisão e não falhar no meu compromisso. Hoje estou vivendo livre do vício e trabalho como voluntário para ajudar na prevenção e se livrarem do vício. Eu posso dizer que é mais fácil pedir ajuda do que tentar se livrar do vício sozinho”.
Dylon Lopes Nazário
Santa Maria/RS
Parei de fumar! Estou feliz!
“Fumei quase 40 anos! Quanto dinheiro queimado! Quanto tempo desperdiçado! Quantos problemas de saúde enfrentados! Hoje, mais de 10 anos depois de parar de fumar duas carteiras de cigarro por dia, percebo o quanto esta decisão ajudou a melhorar a minha vida. Além de melhorar a saúde, senti aumentar a minha disposição de trabalhar; comecei a sentir o perfume das flores, dos frutos, das pessoas, o sabor dos alimentos e até o meu raciocínio melhorou muito. A partir desta minha experiência pessoal, percebo a importância da celebração dos 25 anos dos Seminários de Alternativas ao Plantio do Tabaco. Os debates desenvolvidos nos Seminários, bem como os trabalhos com os Agricultores Familiares feito pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria e Dioceses parceiras, mostra o quanto é necessário continuar este trabalho de conscientização dando a oportunidade de que cada Agricultor Familiar possa buscar as alternativas do plantio diversificado e de iniciar e concretizar o processo da produção Orgânica e Agroecológica, com o comércio justo e consumo responsável”.
Begair do Carmo Flores
Grupo Viva Melhor – Santa Maria/RS
Parei de fumar
“Minha história de apreciar o cigarro começou com 40 anos de idade, quando comecei a sair com amigos que fumavam e aí iniciei o aprendizado. Há cinco anos me deparei com os malefícios do uso desta droga, quando vi, pouco a pouco meu marido perder a luta contra esta dependência. Ele se deparou com um câncer pulmonar e de mediatismo que fez com que ele sofresse durante três meses, usando tubos de oxigênio, dormindo sentado quando conseguia, se alimentando muito mal e indo e voltando de infindáveis internações hospitalares. Nesta época quem fumava aqui em casa teve que parar em respeito a ele, e quem nos visitava não fumava dentro de casa. Depois que ele faleceu, eu voltei a fumar, mas, uma alteração aórtica me fez ver a realidade, quando tive que me internar para receber um stent. Foi a hora de tomar a decisão certa de PARAR. Hoje me sinto muito bem, mas digo, não é fácil, os lugares, os amigos, tudo o que lembra ainda hoje, são lembranças muito fortes. É preciso ter consciência do mal que faz e da qualidade de vida que se adquire, quando não fumamos mais. Agradeço ao Sr. Dylon, o incentivador desta causa e pelo troféu que guardo até hoje”.
Drª Seila Rosa
Médica Clínica Geral – Santa Maria/RS
Alerta, não fumem!
“Sou de uma família não fumante. Quando fui para o quartel aprendi a fumar com os “amigos” (será que eram amigos?). Após alguns anos passei a fumar duas carteiras de cigarro por dia e sempre bem… e daí comecei a ficar ofegante e cansado em qualquer esforço. Um colega de trabalho um dia me falou, “se quer criar tua filha para não ficar passando trabalho, pare de fumar”. Aquilo me tocou lá no fundo da minha alma, pois tinha uma filha de 03 aninhos. Pensei, pensei, parei. Hoje, ela tem 22 anos e no ano que vem se forma em Direito. Estou com 60 anos, minha vida melhorou muito. Sou outra pessoa. Mas como é maldito o cigarro e sua fumaça minha esposa é fumante e não quer parar de fumar. Por estar perto dela voltou minha bronquite por ser fumante passivo, o que me entristece muito. Por favor, gente, deixe de fumar e não fique perto de quem fuma. Se você ama seu próximo, sempre lembre que o cigarro mata. Morrer não é nada, o pior é o sofrimento”.
Elso Rodrigues
Voluntário do Banco da Esperança – Santa Maria/RS
Sou um ex-fumante
“Fumei durante 10 anos. Em 1986, criei vergonha na cara e num jogo, meu tio (in memorian) e eu fizemos um trato: “largar o cigarro”. Fizemos um pacto e de fato largamos para nunca mais fumar. Estávamos mal em termos de saúde, pulmões, o cheiro do cigarro, o cansaço físico e tudo que afetava nossa qualidade de vida e trabalho. Esta foi uma sábia opção e cuja decisão foi para sempre. Um conselho para quem fuma, analisem os malefícios desta droga que hoje afeta tantas pessoas, tornando-as vítimas do cigarro. Não se deixem escravizar pelo cigarro. A vida vale mais do que esta fumaça ingrata”.
Gelson Lenhardt
Grupo APAC – Passo de Clara – São Pedro do Sul/RS
Sou feliz por não fumar mais
“Iniciei a fumar aos 10 anos. Fumei alguns anos e senti que o cigarro me fazia muito mal, para a saúde e prejudicava meu trabalho e minha família. Ali estava também a questão econômica. Hoje tenho 87 anos, mais de 20 anos sou voluntário do Projeto Esperança/Cooesperança e estou feliz por não fumar mais. Peço a Deus para viver muito ainda para fazer o bem aos outros e ir preparando o meu centenário daqui a 13 anos”.
Paulino Soares
Aposentado e Voluntário do Projeto Esperança/Cooesperança – Santa Maria/RS
Sou educadora e ex-fumante
“Iniciei este maldito vício aos 21 anos de idade. Fumei desesperadamente durante 48 anos dominada por um vício da qual me tornei vítima. O cigarro me dominou por tudo que tem produtos nocivos e maléficos. Tive um infarto e muitos problemas de saúde. Sem condições de continuar com este vício que esgotaria o resto de minhas energias de vida e saúde. Parei de fumar em abril de 2015, quando estava no último fio de minha decisão se queria a vida e saúde ou a morte. Decidi parar por conta, foi difícil, mas, não impossível. Aconselho a todos os fumantes: Larguem o cigarro, não se deixem dominar por ele. Somos mais fortes do que um papel enrolado largando fumaça e prejudicando vidas e saúde. Meu pulmão deve estar como uma peneira. Quero recuperá-lo o mais breve possível e ter saúde de verdade”.
Professora Leda Maria Tasquetto
MOBREC – Santa Maria/RS
Aposentado e ex-fumante
“Fumei durante 47 anos. Tive muitos problemas de saúde e o médico me disse se quisesse viver que largasse o cigarro. Segui o conselho do Médico e hoje tenho qualidade de vida, sou feliz por largar algo que prejudicava minha vida, saúde, família e meu lado econômico. Fumava duas carteiras de cigarro por dia. Fumei dos 15 aos 62 anos de idade, portanto 47 anos, a fumaça entrava em meus pulmões e deixava um mal estar”.
Wilson Pereira Dias
Santa Maria/RS
Sou feliz por não fumar mais
“Fumei dos 18 anos aos 62 anos de idade. Portanto, 44 anos fumei em torno de duas carteiras de cigarro por dia. Quanto dinheiro jogado fora e quanto prejuízo para minha saúde e família. Deixei-me dominar por um vício desses e por muitos problemas de saúde larguei o cigarro, pois tenho problema de asma, pulmão, irritação na garganta. Larguei de vez o cigarro e a bebida e hoje estou feliz por tirar de mim esta escravidão dos dois vícios. Aconselho os fumantes: não pitem mais, pois o cigarro faz muito mal para a saúde. Pensem na vida e não na morte. Sigam o meu exemplo de força e coragem, como dizia Dom Ivo. Senti uma dor no peito e dor nos pulmões, por esta maldita fumaça que me dominava e hoje venci. Sou Feliz”.
Silvio Gaspar Ribeiro
Voluntário do Projeto Esperança/Cooesperança – Santa Maria/RS
Parei de fumar por conta
“Iniciei o consumo de cigarro em 1985 e parei de fumar em 2004. Fumei durante 09 anos e fiquei com nojo do cigarro, pois foi o cheiro do cigarro que me bloqueou o físico e o psicológico. Não aguentava mais o meu próprio cheiro, o fedor do cigarro. Decidi livremente em parar de fumar. Fumava duas carteiras de cigarro por dia. Hoje me sinto feliz e com qualidade de vida e saúde, pois o cigarro envenenava o nosso corpo e prejudica o nosso organismo. Depois que parei defumar melhorou a minha autoestima e comecei a gostar do meu cheiro. Aconselho a todos os fumantes: larguem o cigarro, optem por produtos que fazem bem a vida e saúde, além de beneficiar o lado econômico. Perdi muito dinheiro comprando cigarro e largando a fumaça no ar e contaminando o Meio Ambiente e prejudicando vidas”.
Cleber Cassel – Agricultor Familiar
Produtos Coloniais da Terra – Agudo/RS
Relato de uma ex-fumante
“Tudo começou ainda no ventre de minha mãe que por total desconhecimento dos malefícios do cigarro, fumava, passando para mim, ainda um feto, os desgraçados componentes do fumo.
Quando adolescente ainda, me deparei com a “maravilha e a elegância” que era fumar.
Havia na época, revistas e jornais que ensinavam “etiqueta” para fumar, como segurar o cigarro de forma mais elegante. E a serpente estava sempre ali, me convencendo de que isso era muito bom.
Havia marcas de cigarro para mulheres, eles eram coloridos e decorados com flores. Os adolescentes, meninos e meninas, na grande maioria, eram iniciados nessa “arte de se tornar adultos”.
Eu fumava e me sentia incluída no meio, me afirmava dessa forma, já que eu era muito tímida e o cigarro funcionava também como uma “bengala”, me dava segurança.
A informação da verdade sobre esse terrível veneno, não chegava até nós, e o tempo ia passando.
Quando tive meus filhos, eu tive uma certeza: não queria de forma alguma que eles fumassem e foi então que iniciei a mais dura batalha da minha vida, de um lado estava o vício do cigarro, o desânimo que ele me causava, o cansaço e o medo da doença. Em outra trincheira estava a vida, a saúde, meu marido, meus filhos, nosso futuro. Assisti pessoas que terminaram a vida de uma forma muito triste, morte por asfixia, vida sem qualidade.
Num belo dia (há 32 anos) comprei uma carteira de cigarros, coloquei sobre a geladeira, bem à mostra e falei para ela: hoje somos inimigas declaradas, vamos ver quem vai vencer essa guerra, se você ou a minha saúde e o amor que tenho pela minha família e por mim mesma. Não posso dizer que foi fácil, não foi, pois tem uma questão química que induz ao consumo. Comecei a procurar toda a informação possível, leituras, conselhos médicos, etc. Cada dia que passava eu olhava para a carteira de cigarros e ela estava mais afastada de mim. Jurei para mim mesma que nunca mais eu colocaria um cigarro na boca. Nem por brincadeira, pois sabia que estava pela “primeira tragada”, igual a outros vícios.
Comecei a sentir melhor o gosto dos alimentos, o perfume, certamente eu não tinha mais o hálito de cigarro e compartilhava com muito mais alegria e fôlego das brincadeiras e também das tarefas em casa.
A serpente continuou por um bom tempo a tentar me seduzir, mas eu fui forte, me segurei no amor pela minha família e hoje sei que botei a “peçonhenta” a correr.
Vejo que nós que temos preocupação com a vida, temos que nos libertar de todas as amarras que nos escravizam.
Também penso que não vamos nós, ajudar a enriquecer a indústria fumageira, que se mantém através do vício e da exploração dos agricultores e eu não concordo com isso, por isso eu digo que NÃO TEM PREÇO, A LIBERDADE NÃO TEM DONO”.
Regina Celis Dellagerisi
Agente Cultural e de Economia Solidária
História de um ex-fumante
“Dos 18 anos aos 33 anos fumava dois maços de cigarro por dia. Uma madrugada, acordei com muita vontade de fumar, saí na chuva e fui à rua procurar toco de cigarro. Naquele dia me senti ridículo e tive a noção onde me encontrava como viciado. Naquela madrugada decidi não fumar mais. Comprei cigarro de manhã e fumei um cigarro atrás do outro, como despedida e fiquei com muita dor de garganta. Continuei mais de um mês carregando o cigarro no bolso e me policiando para não fumar. Cada dia guardava o dinheiro numa caixa e fiz uma lista de livros e discos que queria comprar. Quando juntava o dinheiro saía para comprar um livro, o qual lia com muito prazer. Hoje estou feliz por largar este vício que estraga a vida e saúde de tantas pessoas”.
Carlos Alberto Flores (Kalú)
Grupo Catando Cidadania – Santa Maria/RS
Sou uma ex-fumante passiva
“Meu avô materno faleceu com 90 anos e fumou 80 anos, na época fumo de corda menos prejudicial a saúde. Desde que nasci morava com minha família. Convivi 18 anos com ele e desde os dois anos tive bronquite que evoluiu para asma até os 20 anos. Durante este período tomei muita medicação com corticoide, que acarretou problemas, doenças e muita despesa com vários outros tratamentos, com prejuízos irreversíveis para a minha saúde. Como fumantes passivos sofremos muito e nos repugnamos contra o cigarro”.
Leila Orosz
Grupo Unicens – Bolo Chaminé – Santa Maria/RS
Ex-fumante e ex-plantador de fumo
“Fumei de 1980 a 2001, portanto 21 anos. Plantamos fumo por cinco anos. Paramos para analisar que não estávamos evoluindo, mas regredindo em nossas vidas na parte financeira e na saúde. Foi quando em 1985 pegou fogo no nosso galpão em todas as estruturas. Daí foi uma luz que tivemos em nossas vidas para parar de produzir o fumo e parar de fumar”.
Luiz Antonio Comasetto
Grupo ASEV – Santa Maria/RS
Agonia de um fumante
“Tudo que um fumante quer é deixar de fumar, principalmente quando a idade está avançando e sentir que a saúde está abalada, devido a este vício. A dependência é tão grande que supera a nossa vontade de abandonar o cigarro. Atualmente o fumante é muito visado pelas Empresas fumageiras para continuar fumando e pelos não fumantes para parar de uma vez por todas. Isto é uma vergonha para nós. Isto é uma verdadeira agonia. Admiramos e respeitamos quem não fuma! Nossa vontade é parar de fumar”.
Carmen e Luiz Carlos Gomes
Grupo Unicens – Santa Maria/RS
Programação do 25º Seminário Estadual de Alternativas à Cultura do Fumo
7h – Início da Comercialização Direta no local (Feirão Colonial).
7h30min – Acolhida das Caravanas do 25º Seminário.
8h – Confraternização e Degustação dos Produtos da Agricultura Familiar e das Alternativas à Cultura do Fumo no local Feirão Colonial.
8h30min – Mística de Abertura do 25º Seminário sob coordenação: Equipe da CPT de Santa Cruz do Sul e Escola dos Jovens Rurais; Memória histórica e linha do tempo dos seminários de alternativas à cultura do fumo.
9h – Solenidade de Abertura Oficial com os representantes das dioceses promotoras, Cáritas RS, CPT/RS, outras entidades e participantes.
9h45min – Painel:
1º – Contextualização dos 25 Seminários – Irmã Lourdes Dill – Projeto Esperança/Cooesperança – Santa Maria
2º – Os Malefícios do Tabaco, Agrotóxicos e os Transgênicos – Leonardo Melgarejo – Associação de Proteção ao Ambiente (Agapan), Porto Alegre
3º – Convenção Quadro – 1º Acordo Mundial de Saúde Pública – Drª Tânia Cavalcante e Érica Cavalcanti – INCA/CONICQ – Rio de Janeiro/RJ
4º – Anvisa e o Controle dos Produtos Derivados do Tabaco – Brasília/DF
5º – Relato da Experiência com Alternativas à Cultura do Fumo – Guardiões das Sementes Crioulas de Ibarama, Diocese de Cachoeira do Sul
12h15min – Almoço de confraternização
13h – Espaço Cultura (Antonio Gringo e Regina Dellagerisi) e apresentação das Crianças do Projeto Madre Francisca (teatro e violão)
14h – Fila do Povo com os depoimentos:
– Ex-plantadores de Fumo
– Ex-fumantes
– Não fumantes (Não queremos ser fumantes passivos)
– Ex-dependentes químicos
15h – Entrega dos Troféus a Ex-fumantes
– Regina Dellagerisi
– Begair do Carmo Flores
– José Carlos Peranconi
– Entrega de Certificados aos Ex-fumantes
– Homenagem aos 40 anos da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
15h15min – Início da Caminha de Peregrinação ao Túmulo de Dom Ivo Lorscheiter, Cripta do Santuário-Basílica de Nossa Senhora Medianeira, s/n.
15h30min – Espaço de Oração e Homenagem Póstuma a Dom Ivo Lorscheiter, Profeta Gigante da Esperança e agora Cidadão Do Céu. Animação: Antonio Gringo, Regina Dellagerisi e irmã Lourdes Dill.
Eu acho que se devia exaltar (e premiar) quem NUNCA fumou e vivia dentro de lares cheios de fumantes. Recuperar do vício é importante, mas não SUCUMBIR a ele merece exaltação.