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NA CÂMARA. Críticas à Corsan, o PAC 2 e a ausência do prefeito em Brasília, os principais temas

Não farei qualquer comentário. Isso deixarei para vocês. Apenas informo que, como ESCREVI na “Luneta Eletrônica”, esta manhã, o dirigente do Sindiágua, Rogério Ferraz, ocupou a tribuna livre, na sessão desta tarde da Câmara de Vereadores, e fez as manifestações aqui antecipadas.

Rogério Ferraz e as críticas ao comportamento da Corsan, que receberam apoio de vereadores

Quanto ao demais, afora a companhia de saneamento, o grande destaque nos pronunciamentos foi o anúncio de mais obras do PAC para Santa Maria e as decorrências (ou intercorrências) políticas, que mereceram a palavra (pró ou contra) de vereadores do governo e da oposição.

Vale a pena ler o relato da sessão e dos discursos acerca dos principais temas, conforme material distribuído pela assessoria de imprensa do Legislativo. O texto é de Clarissa Lovatto e Beto São Pedro, com foto de Leonardo Moretti. Confira:

Sindiágua critica Corsan

O espaço da tribuna livre da sessão desta terça-feira (30) foi ocupado por Rogério dos Santos Ferraz, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua). Ferraz explicou que o objetivo do Sindiágua é chamar atenção para o grave problema que passa Santa Maria na questão do saneamento.

Segundo ele, são inúmeras as críticas aos serviços prestados pela concessionária em Santa Maria. O diretor sindical destacou que o governo do Estado é o gestor maior da Corsan, mas quem é mais diretamente cobrado pela população são os servidores, os quais têm contato direto com os usuários. “Hoje é uma empresa que não tem dinheiro para comprar um único registro, mas anuncia milhões de lucros. Nós não vamos aceitar que isso aconteça”, observou, reiterando que os servidores da concessionária não têm condições de trabalho. Questionou como é possível a empresa não aplicar recurso para aquisição de material básico, mas possuir verba para destinar ao Festival do Balonismo, que ocorreu na cidade.

Por fim, Rogério Ferraz sugeriu a renegociação do contrato da prefeitura com a Corsan, assim como já aconteceu em outros municípios. De acordo com Ferraz, por mês, R$ 1 milhão deixa de entrar nos cofres do município. Sugeriu, ainda, a criação de fundo de gestão compartilhada, que possibilitaria geração de recursos para serem aplicados em saneamento.

Werner Rempel (independente) registrou que a luta pela travessia urbana ultrapassa, certamente, 10 anos. Lembrou que, durante o governo Osvaldo Nascimento, um grupo de vereadores foi a Brasília levar projeto executivo para viabilizar as obras. Afirmou que o governo Valdeci entendia que a questão da travessia necessitava ser construída mesmo que fosse de maneira gradativa. Por fim, Werner parabenizou a todas as entidades e lideranças que participaram do movimento em busca de recursos do PAC 2 para serem investidos na travessia urbana.

Admar Pozzobom (PSDB) …registrou que a governadora do Estado anunciou, na segunda-feira (29), que a Corsan tem a maior rentabilidade das empresas de saneamento no país. Reconheceu que a Corsan tem muito a melhorar em Santa Maria, mas tem se empenhado para aprimorar os serviços prestados no município. Citou uma série de obras realizadas em diferentes regiões da cidade. “Já recebi, no gabinete, várias críticas à Corsan. Mas quando as coisas são feitas, a gente tem que relatar”, observou.

Helen Cabral (PT) fez saudação especial ao diretor do Sindiágua, Rogerio Ferraz, pelo pronunciamento na tribuna livre. Declarou a honra e o orgulho de representar o Legislativo na comitiva santa-mariense, coordenada pelo deputado federal Paulo Pimenta, que foi a Brasília em busca de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento 2, para viabilizar duplicação da faixa nova de Camobi e do trecho entre o trevo do Castelinho até a Ulbra. “Só esta mobilização fez com que R$ 150 milhões fossem destinados a Santa Maria”, ponderou. Helen Cabral afirmou que poucos municípios foram contemplados pelo PAC 2 no Rio Grande do Sul. A vereadora lamentou a ausência da prefeitura municipal na comitiva santa-mariense, que se mobilizou em busca de verbas para a cidade. “Infelizmente, nosso prefeito não se fez presente. O Executivo ficou devendo para cidade de Santa Maria”, afirmou. Helen concluiu afirmando que o governo Lula se configura, na história, como o do presidente que mais destinou recursos para Santa Maria.

João Carlos Maciel (PMDB) respondeu à crítica de Helen Cabral sobre a ausência do prefeito Cezar Schirmer no ato de assinatura do PAC 2, em Brasília, por considerar tal presença desnecessária, uma vez que o PMDB, segundo ele, faz parte do governo federal, “ajuda o presidente Lula governar o Brasil”.  No seu entendimento, esse tipo de cobrança, “esta forma de atiçar, foi condenada há muito tempo”, por se tratar de “uma forma troglodita de fazer política”. O peemedebista saudou as conquistas da cidade no PAC 2, mas entende que a cidade deve discutir as obras nas quais estes recursos serão aplicados e, para tanto, propôs a criação de uma comissão com esta finalidade. O vereador espera que a segunda edição do Programa Para Aceleração do Crescimento não transforme numa ação de cunho eleitoreiro, já que o PAC 1 está com o seu cronograma atrasado, senado que, até o momento, apenas 20% das obras previstas foram executadas.

Cláudio Rosa (PMDB) repetiu o que já havia dito em sessão anterior sobre a forma como a direção geral da Corsan está tratando o município de Santa Maria, situação que piorou em muito desde que, em setembro do ano passado, a Câmara de Vereadores realizou uma audiência pública para tratar do problema. Em seu pronunciamento passado, o vereador chegou a admitir estar havendo uma certa retaliação da direção da empresa para com o município, justamente em função da audiência do ano passado. O líder do governo, entre outras, espera que a ação do Ministério Público, cobrando da empresa o cumprimento do contrato com o município, surta efeitos imediatos. Criticou o fechamento da gerência local, durante o governo Yeda Crusius, e classificou como absurda localização da direção geral em Porto Alegre, onde a empresa não atua, já que na Capital o serviço de saneamento básico é municipalizado. Cláudio Rosa considerou pertinente a ideia do presidente do sindicato dos funcionários da Corsan, Rogério Ferraz, que ocupou a Tribuna Livre na sessão desta terça-feira, e defendeu a assinatura de um novo contrato com o município estabelecendo uma gestão compartilhada. Com esta nova modalidade gerencial seria possível a retenção em Santa Maria de cerca de R$ 1 milhão mensalmente, para ampliações da rede de saneamento básico.

Werner Rempel (independente) também apoiou as críticas contra a atual gestão da Corsan e defendeu a revisão do atual contrato, apoiando a proposta de gestão compartilhada. Para ele, o fechamento da gerência local foi um desrespeito com Santa Maria, “a principal cidade onde a empresa atua”, e a localização da sua gerência geral em Porto Alegre considera “no mínimo uma aberração”.  Devido à importância de Santa Maria na vida da empresa, Werner Rempel entende que a sua direção geral devia se localizar aqui, e não em Porto Alegre, “onde sequer ela detém a concessão dos serviços de saneamento básico”. Discordando do líder do PMDB, Werner Rempel também entendeu equivocada a decisão do Executivo Municipal em não se fazer representar no ato de assinatura do PAC 2, que na impossibilidade da presença do prefeito, o vice-prefeito teria que ter estado lá, e que, este também impossibilitado, “no mínimo o secretário de Obras teria que ter comparecido”. Ele também discordou da avaliação de João Carlos Maciel sobre o atraso no cronograma do PAC 1, salientado que em muitos casos os atrasos são de responsabilidade dos próprios municípios, “como ocorre aqui, em Santa Maria, em relação a algumas obras”.

Helen Cabral (PT) voltou à tribuna para reafirmar a crítica quanto à ausência do prefeito Schirmer em Brasília e refutou as afirmações do líder peemedebista, João Carlos Maciel, que lhe teria atribuído um discurso atrasado e agente de uma política retrógrada. Segundo Helen Cabral, enquanto vereadora e representante da comunidade santa-mariense, apenas repercutiu a opinião dos representantes das entidades presentes ao ato de Brasília, os quais teriam se mostrado insatisfeitos com a ausência de representação do Executivo Municipal.

Cláudio Rosa (PMDB) usou o espaço de liderança do governo para informar o que, conforme observou, “não fazia a menor ideia de dizer”. Segundo explicou, de fato a presença do prefeito ou de um seu representante no ato, em Brasília, se fazia desnecessária, porque Schirmer já teria se reunido em outras oportunidades com a ministra Dilma Rousseff e acertado as questões do PAC 2 em relação a Santa Maria. “Não gostaria de ter dito isto. Mas, quando as pessoas dizem o que querem, acabam ouvindo o que não precisa”. Sobre os atrasos em obras do PAC 1, disse que isso vem ocorrendo porque muitos projetos tiveram de ser redimensionado “em razão dos absurdos que continham”, a exemplo de ruas que foram asfaltadas sem a respectiva rede de esgotamento cloacal.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores.

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Um Comentário

  1. Schirmer é o melhor prefeito sim. Melhor prefeito para estes balonistas de fora da cidade que nunca ganharam tantos recursos públicos sem fazer esforço.

  2. Pô, maria eduarda, tais brincando com a gente, né!? O MELHOR PREFEITO DE TODOS OS TEMPOS foi o VALDECI.
    A omissão do governo Schirmer na definição das obras do PAC2 só não vê quem não quer. Depois que a verba foi anunciada, divulgaram que o alcaide “ligou” pra Dilma, manobra pra tentar enganar aqueles mais desinformados.
    Um Fiasco.
    Agora é Dilma.

  3. Ciume é uma coisa doentia! Que coisa triste ler um comentario como este. O PREF SCHIRMER é o melhor de todos os tempos… É só acompanhar…

  4. Errou feio o prefeito Schirmer não ter ido a Brasília lutar pelo PAC 2. Ainda mais que chegar até a capital federal está uma barbada agora. Basta pegar carona num balão (desde que não seja no balão da Corsan) e viagem tá garantida.

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