RÁDIO. Marco Antonio Pereira estreia na Guaíba no Gre-Nal. E Gaúcha deverá contratar novos narradores
A saída de Marco Antônio Pereira da rádio Gaúcha, há um mês, agitou o radialismo esportivo gaúcho, fez Pedro Ernesto Denardin narrar mais (em quantidade, bem entendido) e dá um gás para a Guaíba, o destino escolhido pelo sainte. Pereira estreia no maior jogo dos gaúchos, o Gre-Nal. E a Gaúcha? Se deu conta que só tinha mesmo o que se foi, além do titular que pouco narrava. E terá que ir ao mercado.
Mais sobre isso em duas notas diferentes publicadas pelo portal especializado Coletiva.Net. Uma, depois a outra, você tem abaixo. Acompanhe:
“Gre-Nal marca estreia de Marco Antônio Pereira na Guaíba
O comunicador Marco Antônio Pereira fará sua estreia na Rádio Guaíba no domingo, 22, em narração do clássico Gre-Nal, no estádio Beira-Rio. Segundo o diretor geral de Jornalismo da emissora, Nando Gross, sua contratação faz parte do projeto de renovação e fortalecimento da rádio que começou em abril do ano passado.
Para reposicionar a marca Guaíba, o grupo Record prepara uma campanha criada pela “Vossa Estratégia e Comunicação”, mostrando ao mercado seus investimentos em novos conteúdos e engajamento com a formação da opinião pública. A estratégia é ampliar seu perfil de audiência, mantendo seus ouvintes tradicionais, e buscando se aproximar de um público mais jovem e conectado às novas tecnologias e formas de consumo de informação.
Segundo Nando, “2015 foi um ano de afirmação da emissora, tendo sido a única rádio do Estado a cobrir todos os jogos do Internacional na Libertadores de forma presencial, com seus narradores ao vivo em todos os estádios”. (PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI)
“Rádio Gaúcha prepara-se para contratar dois narradores
Provavelmente motivado pelas contratações que a Rádio Guaíba realizou, a Rádio Gaúcha está se movimentando para apresentar novidades na equipe a partir do início de 2016. Informações obtidas por Coletiva.net dão conta de que a emissora de rádio do Grupo RBS contará com dois novos narradores esportivos. Os nomes dos futuros comunicadores estão guardados a sete chaves, mas tudo indica que um deles já atua na própria emissora, porém em outra função.” (PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI)
Opa! fiquei surpreso com a tua análise acerca da saída do Marco Antônio, também tenho essa mesma observação. Se me permite, não quero citar nomes, por zelo profissional; mas é flagrante que a Gaúcha abandonou um dos mais caros patrimônios e instrumento dos profissionais do rádio: a voz. Não falo do estilo vozeirão grave, mas da voz que estabelece uma empatia, e, para o narrador esportivo, que expresse vibração, que varie de intensidade, entonação, ritmo e improviso de inflexão de voz, na proporção da jogada, do drible desconcertante, enfim, que o fôlego da descrição se junte ao talento de incitar o imaginário do ouvinte, como se no estádio estivesse.
Narradores/locutores com voz anasalada (que pode ser corrigida) ou presa à linearidade (sem alternância de modulação ou sem a naturalidade e criatividade para povoar o imaginário do ouvinte) tendem a não despertar nem "ganhar" a empatia da audiência.
Por isso, concordo plenamente com tua observação arguta: "E a Gaúcha? Se deu conta que só tinha mesmo o que se foi, além do titular que pouco narrava".