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Adiós, Cristina! – Carlos Costabeber

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Minha ligação com a Argentina tem 41 anos, quando a Ângela e eu escolhemos Buenos Aires e Bariloche para a nossa “lua de mel”. Desde aquela época, sentimos uma atração muito especial pelo belo país e sua gente, notadamente pela Capital. Nessa relação, me tornei um estudioso da história, da economia e da política argentinas. E essa é a razão do comentário, em que faço uma breve análise dos malfadados 12 anos do “casal Kirchner” à frente do Governo (já que estávamos em Buenos Aires no último dia 10, quando houve a posse do novo Presidente, o empresário, ex-Prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri).

Já vi muita coisa envolvendo os políticos, mas a Cristina Kirchner “leva todas as fichas”. Acompanhei os dias que antecederam a posse, e fiquei mal impressionado com suas atitudes: (1) não compareceu à solenidade (de posse) no Congresso; (2) deixou a Casa Rosada sem receber o sucessor; (3) ordenou aos parlamentares “kirchneristas” para não comparecerem à posse de Macri; e (4) não autorizou seus ministros a fazerem a transição com os futuros governantes. Um verdadeiro vexame! Uma vergonha! Em 40 anos, a Argentina nunca viu uma transição tão tensa e conturbada, mostrando do que a Cristina é capaz.

Relacionei abaixo citações que encontrei nos jornais “Clarin” e “La Nacion”, sobre a  personalidade da Cristina, e sobre o período em que o casal (Nestor e Cristina) esteve à frente do Executivo: (1) estilo confrontativo: brigas com a imprensa,  Justiça e congressistas; (2) falta de diálogo (em 12 anos, os Kirchner nunca fizeram  coletivas de imprensa); (3) total falta de empatia e de autocrítica; (4) estilo antipático, crispado, soberbo, caprichoso e demasiado temperamental; (5) irracional e pouco apego à educação e aos bons costumes; e (6) mania de colocar o nome do falecido Nestor Kirchner por todos os lados. E, para sintetizar isso tudo, li  a seguinte frase de um leitor do “Clarin”: “La maldad le sale por los poros”.

Mas passada a rápida e traumática transição, o novo Presidente terá desafios extremamente difíceis: (1) necessidade de desvalorizar o câmbio; (2) recompor as reservas internacionais (ridículos 25 bilhões de dólares, frente a 370 bi do Brasil); (3) controlar a inflação de 25% a.a.; (4) retomar o crédito internacional; (5) pagar os “fundos abutres”; (6) reduzir o déficit fiscal, decorrente dos subsídios sociais; (7)  averiguar as intermináveis denúncias de corrupção;  (8) retomar o crescimento; e (9) reduzir a pobreza e o desemprego. Uma missão gigantesca, já que Macri não terá maioria, nem no Senado e nem na Câmara dos Deputados.

Como diz outro leitor do Clarin, sobre a Administração Kirchner: “yriste fin de ciclo. Su gestión deja un sabor amargo, y genera un deseo de aires nuevos”. Adiós Cristina !

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que você vê aqui é uma Reprodução de internet.

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