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EDUCAÇÃO. Santa Maria seria muito diferente, não fosse sua Universidade pública, hoje fechando 55 anos

O campus de Camobi foi o primeiro da instituição que hoje está em mais quatro cidades
O campus de Camobi foi o primeiro da instituição que hoje está em mais quatro cidades

Ninguém tem dúvida acerca da assertiva que virou título desta nota. Sim, a cidade, que já não tem mais a ferrovia como seu motor econômico, conta com uma instituição que, sozinha, tem mais que o dobro do orçamento de todo o município. Gera riqueza, sim. Gera desenvolvimento, sim. E é, hoje, um ente sem o qual a cidade, definitivamente, não seria a mesma.

Neste 14 de dezembro, fecham-se 55 anos desde que foi criada, a partir da visão de José Mariano da Rocha Filho, o reitor-fundador. De lá para cá, muita, mas muita coisa aconteceu. Sempre, não obstante eventuais circunstâncias adversas, para melhor. Este editor agradece sempre o fato de poder ter estudado numa instituição pública de qualidade. E acredita que, sem a UFSM, nada poderia ter sido feito. Nada.

Concluído esse pequeno (mas, talvez, necessário) editorial, vale conferir o material que o jornal A Razão publicou neste final de semana, inclusive com uma entrevista elucidativa com o atual reitor da instituição, Paulo Burmann.  A reportagem é de Joyce Noronha, com fotos de Gabriel Haesbaert (acima) e Deivid Dutra (abaixo). Acompanhe:

55 anos de história na Educação do país

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) chega aos 55 anos de fundação nesta segunda-feira, 14 de dezembro. Nestas cinco décadas, a instituição teve 11 reitores que encararam o desafio de administrar uma das mais renomadas instituições de ensino superior do país. O atual reitor da UFSM, o professor Paulo Burmann, conta que a tarefa não é fácil, mas satisfatória.

Prestes a concluir o segundo ano de gestão, Burmann diz que a maior surpresa que a Reitoria enfrentou neste período foi o contingenciamento de verbas. De acordo com o reitor, cerca de R$ 75 milhões não foram repassados para a instituição de ensino este ano por conta dos cortes do governo federal. A estimativa para o orçamento da UFSM para 2015 era de R$ 975 milhões. “Desde 2007 estávamos nadando de braças nos recursos. Foi assim até 2013. Foi uma infeliz coincidência, os contingenciamentos começarem bem na nossa gestão”, avalia Burmann.

Entretanto, o reitor argumenta que muito foi feito em todos os campi da instituição. Ele diz que foi preciso remanejar verbas e adiar o início de novos projetos, pois começar novos programas ou obras, com certeza, resultaria em prejuízo.

Burmann aponta que a administração trabalha para manter obras e programas já iniciados e em andamento.

O reitor, que tem mais dois anos de gestão, destaca que ainda o que há melhorar na UFSM. “Afinal, começamos como uma pequena faculdade e veja a proporção que temos hoje”, observa Burmann.

Leia as respostas do reitor sobre diversos assuntos de relevância da instituição e que envolvem toda a comunidade de Santa Maria:

Atual reitor da UFSM, Burmann avalia a gestão e aponta planos para futuro da instituição
Atual reitor da UFSM, Burmann avalia a gestão e aponta planos para futuro da instituição

COM A PALAVRA, PAULO BURMANN

ESTATUINTE
Conforme Burmann, definir o estatuto da instituição é importante, pois diz respeito a toda a comunidade santa-mariense. Ele relata que o processo da estatuinte está acontecendo e não há um prazo regimental para que a UFSM o conclua. A estatuinte tem data de sua elaboração original da época do regime militar. O reitor destaca que um estatuto prevê o futuro da instituição com mais justiça e igualdade para a comunidade universitária e a população em geral.

COTAS
Para o reitor, a inclusão social é a maior conquista pelo sistema de cotas. Ele diz que, hoje, a UFSM representa um grande extrato da sociedade e que é assim que qualquer instituição de ensino deve ser. Burmann cita que não é apenas para os alunos e que alguns concursos para servidores da universidade também apresentam o sistema de cotas. “É um progresso irreversível. Pessoas que, talvez, jamais estariam na instituição, fazem parte da vida acadêmica”.

EXPANSÃO
A UFSM tem campi em cinco cidades gaúchas: Santa Maria, Silveira Martins, Frederico Westphalen, Cachoeira do Sul e Palmeira das Missões. Segundo Burmann, são cinco campi, mas muitos mais municípios são beneficiados pelo programa de expansão. “Este é um trabalho que teve o envolvimento de muitas pessoas. É uma grande conquista”, declara o reitor. Quanto a fechar cursos, Burmann cita que apenas o Bacharelado Interdisciplinar do campus de Silveira Martins deve ser transferido para o campus sede, em Santa Maria, pois não há demanda para o curso em Silveira. Entretanto, não é uma redução da oferta de vagas, apenas transferência do curso de um campus para outro.
Além disso, ele diz que há o projeto de duplicar as vagas de todas as engenharias, criação de novas engenharias e ampliação do curso de Nutrição. Apesar dos planos, não há perspectivas de quando estes novos cursos e vagas devem entrar em vigor. Burmann cita que a crise financeira é um obstáculo.

ORÇAMENTO
O contingenciamento de 50% da previsão impossibilitou que a UFSM recebesse em média R$ 48 milhões, conforme o reitor da instituição. Ele menciona que o orçamento da universidade deve ser reestabelecido em 2016, e que a receita da UFSM para o próximo ano, assim como de outras instituições federais, está inclusa na Lei Orçamentária Anual do governo federal. Além de não receber esses R$ 48 milhões, Burmann comenta que a universidade não recebeu recursos de outros programas, o que soma o corte de aproximadamente R$ 75 milhões a menos no orçamento deste ano. “Mudou o ritmo, com certeza”, declarou o reitor.

IMPEACHMENT DE DILMA
Sobre a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o reitor diz que a Andifes está com uma reunião marcada para definir a posição das universidades federais em relação ao assunto. Porém, ele deixa claro que é a favor do processo democrático e espera que o voto dos brasileiros seja respeitado. “Reconquistar a democracia foi caro para a sociedade”, argumenta.

VESTIBULAR
Apesar de muitos debates sobre a extinção do vestibular da UFSM, foi na gestão de Burmann que se definiu o fim do concurso. Agora, o sistema utilizado para ingresso na instituição é o Enem, por meio do Sisu. Na opinião do reitor, o novo processo representa a democratização do acesso ao Ensino Superior. Ele lembra que o plano inicial era fazer uma implantação escalonada do Enem, mas em votação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão se definiu por iniciar este ano o novo sistema…”

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