IMPEACHMENT. Pavan anuncia hoje que acata o pedido. Que, porém, não afasta Yeda

Em nota com a assinatura da jornalista Stela Pastore, a Agência de Notícias da Assembléia Legislativa (e a foto de Marcos Eifler) dá conta do pronunciamento, ás ’10 e meia da manhã de hoje, do presidente do parlamento, Ivar Pavan. O petista anuncia, com base nas discussões que manteve com o grupo técnico que nomeou para esse fim, o que fará com o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius, encaminhado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do RS, no início de julho.

Na verdade, Pavan só tem duas alternativas. Em ambas, antecipa este (nem sempre) humilde repórter, o resultado final será o mesmo: a governadora permanecerá no cargo. Na primeira, por não ver razões objetivas (embora a ação de improbidade administrativa de que Yeda, com outras oito figuras públicas, é alvo na 3ª Vara da Justiça Federal em Santa Maria), o presidente da Assembléia arquiva o pedido.

Na segunda possibilidade concreta, o dirigente máximo do Legislativo acata o pedido e o requerimento começa a correr na Casa, com a instalação de uma Comissão Especial para tratar do assunto. A base governista, bastante consistente, rejeitará o pedido. Mesmo que seja enviado ao plenário, o resultado óbvio é o mesmo.

PALPITE CLAUDEMIRIANO: ainda que sabendo rigorosamente nula a possibilidade do impeachment, Ivar Pavan vai admitir o requerimento. De um lado, para fortalecer a oposição, da qual afinal de contas faz parte, e desgastar, mesmo que por alguns momentos, o governo. De outro porque, de fato, acredita na culpabilidade da governadora. O resultado real, como escrevi lá em cima, em qualquer dos casos, é o mesmo: não obstante o eventual desgaste e o trabalho de defesa que terá que fazer, Yeda continua titular do Palácio Piratini.