Coluna Observatório. As listas pré-ordenadas e a (falta de) renovação no Parlamento
Nenhuma bancada,
hoje, respeita decisão
do eleitor de SM
A mídia tem reservado reduzido espaço para tratar da questão objetiva sobre a reforma política. Uma opinião aqui, outra ali. Um seminário (como o promovido pela Assembléia Legislativa gaúcha, semana passada) mais adiante. Mais nada. Provavelmente, inclusive, porque poucos acreditam que, não obstante os escândalos, o Congresso fará alguma coisa.
Porém, a discussão anda, incrivelmente, no âmbito da Câmara dos Deputados. E dá-se como certo (será?) que acabarão aprovados pelo menos o financiamento público das campanhas e a eleição em listas partidárias (e não no candidato) pré-ordenadas, além da criação das federações partidárias para os pleitos proporcionais. E mais: para vigorar já em 2008.
Como lobo não come lobo, é inevitável que, pelo menos no primeiro pleito, se criará uma regra preservando os atuais parlamentares (agora e em 2010, quando se renovam a Câmara dos Deputados e as Assembléias Legislativas).
Nem precisa fazer grande esforço mental para ver o que acontecerá em Santa Maria, se isso de fato ocorrer. Não há, a confirmar-se a saída de Isaías Romero, do PDT para o PMDB, uma só bancada intacta. Como farão os partidos para compor a sua listagem adicional. Aliás, dado o fato óbvio de que quem lá está larga em vantagem, quais os corajosos que vão se habilitar a entrar em uma lista em que serão o quinto, sexto ou sétimo nome? Cá entre nós, apenas os verdadeiros militantes. E só.
Em tempo: Observatório continua a descrer (embora torça a favor) em mudanças no processo eleitoral. Exceto, quem sabe, na instauração, mesmo que maquiada, de algum tipo de fidelidade partidária. E olhe lá.
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