Hipocrisia. Das maiores às menores, 20 siglas cobram o dízimo e recebem R$ 8,3 milhões
Não faz muito tempo, o senador Arthur Virgílio, do PSDB, embrabeceu com o que considera crime (e quer ver isso na lei, se é que ainda não recebeu algum tipo de recado, no sentido contrário) o recebimento, pelos partidos, de dízimos por servidores que ocupam cargos de confiança.
A brabeza do parlamentar amazonense, e líder dos tucanos no Congresso, era dirigida basicamente ao PT – que é provavelmente a mais organizada das siglas, no que toca a buscar recursos junto aos seus militantes. Esqueceu (confira aqui o que escrevi em 23 de junho) que o próprio PSDB prevê essa possibilidade, no estatuto.
Portanto, convenhamos, um pouco menos de hipocrisia faria bem a todos. Sejam eles tucanos, petistas, demistas ou o que for. Todos, ou quase, os partidos cobram, mais ou menos, colaboração daqueles que estão em determinados cargos por conta de sua militância.
O jornal Folha de São Paulo publicou neste sábado reportagem a respeito. E olha que não entrou nos governos estaduais. Ainda assim confira mais, na sugestão de leitura, logo abaixo), constatou que pelo menos 20 partidos cobram dízimo. E que, uns mais outros menos, foram arrecadados em 2006, por essa via, mais de R$ 8 milhões. É. Pois é.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira a notícia Partidos receberam R$ 8,3 milhões de dízimo, de Lucas Ferraz, no Congresso em Foco, com informações da Folha de São Paulo.
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