ENTREVISTA. Um Jorge Pozzobom otimista, mas que é o prefeito com a convicção: não tem “direito de errar”

Por JOYCE NORONHA (texto) e GABRIEL HAESBAERT (foto), no jornal A Razão

Renovação. Esta foi a palavra chave da campanha do prefeito eleito, Jorge Pozzobom (PSDB), e ele segue com este termo como meta. O tucano comentou ao Jornal A Razão que, se todos seus planos derem certo, a comunidade santa-mariense sentirá a diferença na cidade já no primeiro semestre de sua gestão. O prefeito eleito mostra-se bastante otimista, porém diz que não tem “o direito de errar”. “A cidade me delegou esta missão de comandar, de melhorar o trabalho do Executivo. Então tenho esta certeza, eu não vou errar”.

Há 16 anos na vida pública, Pozzobom já foi suplente de vereador em Santa Maria e depois assumiu um mandato como parlamentar da cidade. Pozzobom ainda tentou alcançar a principal cadeira do Executivo santa-mariense, em chapa pura, acompanhado do atual presidente do PSDB municipal, Alexandre Lima, mas não obteve êxito. Porém, foi eleito deputado estadual e quatro anos depois reeleito para um segundo mandato.

Contudo, não terminará a legislatura na Assembleia Legislativa, pois neste domingo toma posse como prefeito da cidade, junto com Sergio Cechin (PP), seu vice. Pozzobom já fez sua despedida do Parlamento gaúcho no dia 22 de dezembro.

Em entrevista ao Jornal, o tucano se mostrou com muita vontade de iniciar esta nova etapa de sua vida pública. “Espero apresentar resultados logo no começo da gestão. E acho que vou conseguir isso mais rápido do que imaginei”, almeja mais um entre os grandes desejos que planejou para si e para Santa Maria.

“Santa Maria será um exemplo”

A Razão – Ser prefeito e secretário de Saúde não vai ser exaustivo?

Pozzobom – Estou muito feliz com isso. Eu sou movido a desafios. É óbvio que será um grande desgaste, mas esta é uma responsabilidade só minha. Eu disse na campanha que minhas prioridades são a Saúde e austeridade financeira. Então não poderia delegar o compromisso da Saúde para outra pessoa. Eu acredito que se eu não tomar algumas medidas ousadas, não será possível avançar. Me dei um prazo de até seis meses para ser o titular da Saúde, talvez eu saia antes, mas se tudo for conforme eu planejo, espero conseguir apresentar resultados antes do que imaginava.

A Razão – O senhor demonstrou publicamente sua tristeza pela aprovação do orçamento municipal fora dos moldes de acordo feito entre o senhor e os vereadores. O senhor ainda está chateado com isso?
Pozzobom – Já falei antes e repito agora: o orçamento não é do prefeito, é da cidade. Primeiro vamos avaliar tudo que é prioridade para movimentarmos o orçamento. As emendas que foram acatadas no orçamento, e propostas por vereadores e entidades, serão avaliadas também. Não estou dizendo que vou excluir as propostas, mas sim que elas serão avaliadas com cautela.

A Razão – O projeto de reforma administrativa, proposto pelo senhor foi aprovado. O senhor está feliz em começar a gestão nos moldes planejados?
Pozzobom – Acho que o certo nem é felicidade, é gratidão. Agradeço a confiança dos 19 vereadores que votaram a favor do projeto.

A Razão – E como o senhor vê os dois votos contrários ao projeto?
Pozzobom – Eu apenas digo que não “fica tudo na mesma” com a reforma administrativa. Nós extinguimos cargos e secretarias, vamos ter uma economia aí. Mas eu já fui vereador de oposição e sei como é o trabalho. Sem a oposição o governo não tem combustível. E estes dois vereadores que votaram contra têm meu carinho.

A Razão – O que o senhor espera de 2017 para sua gestão, para Santa Maria e para o Rio Grande do Sul?
Pozzobom – Tenho certeza que a cidade vai virar a página e que teremos um trabalho colegiado entre Prefeitura, secretarias e Legislativo. Tenho certeza que Santa Maria será um exemplo para outras cidades.

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