Eleições 2006. Em quem votam os jornalistas?!
Houve um tempo, nem tão distante assim, que jornalista e petista eram a mesma coisa. Um mito, por certo, mas enraizado na mente de muita gente boa. Lembro, remotamente, em 1989, de uma pesquisa informal feita na redação de A Razão, da qual eu era co-comandante, ao lado da então editora Clotilde Gama.
Os números se perderam na memória; no entanto, a colocação dos candidatos jamais esqueci. Deu Leonel Brizola, do PDT, na frente, disparado. O segundo, curiosamente, era o também já falecido Mário Covas, do PSDB. E só em terceiro vinha Lula, na primeira empreitada do PT tentando chegar ao Planalto.
Ah, também nA Razão, dizia-se, eram todos petistas. Balela, pura balela, comprovada pela enquete informal feita naquela época. Muitos, provavelmente, votaram em Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno daquela eleição. Mas, lembra, o oponente (que venceu) era Fernando Collor.
Por que essa nostálgica digressão claudemiriana? Simples. A revista Imprensa, dedicada às questões da mídia, está publicando reportagem com pesquisa sobre a intenção de voto dos jornalistas brasileiros no pleito deste ano. Sabe quem está ganhando? Ou ganharia, se fossem os coleguinhas que votassem? Não? Leia, então, o texto, na reprodução feita na página de Ricardo Noblat na internet. A reportagem é assinada pelos repórteres Pedro Venceslau e Thais Naldoni, da revista Imprensa:
PT perde o apoio da maioria dos jornalistas
Pesquisa inédita de intenção de voto revela que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, supera Lula nas redações brasileiras
Em 2003, no primeiro ano do mandato do presidente Lula, a revista IMPRENSA associou-se a ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ) e ao mailing MaxPress, o mais completo cadastro de jornalistas do Brasil, para realizar uma pesquisa inédita sobre a opinião das redações em relação ao governo que começava.
A experiência foi repetida nos anos seguintes e mostrou uma curva descendente na popularidade do presidente junto aos chamados formadores de opinião . A relação pouco amistosa do executivo com os repórteres, o episódio do projeto do Conselho Federal de Jornalismo, a ameaça de expulsar do país o jornalista Lary Rohter, do New York Times e a sucessão de escândalos envolvendo o governo são alguns dos fatores que ajudam a explicar o mau desempenho do presidente.
Para fechar este ciclo, IMPRENSA, ABERJE e MaxPress encomendaram uma nova pesquisa ao Instituto Franceschini de Análises de Mercado (que também produziu as pesquisas anteriores). Como estamos em um ano eleitoral, a pesquisa de 2006 foi além da popularidade do presidente e aferiu a intenção de voto dos jornalistas que atuam nas redações brasileiras atualmente.
A partir do mailing MaxPress, foram realizadas 407 entrevistas, com repostas espontâneas, em redações do Brasil inteiro. O resultado apontou uma tendência diferente entre a intenção de voto dos jornalistas e a apontada até agora nas pesquisas de opinião geral, produzidas pelo Ibope, DataFolha, VoxPopuli, Sensus, entre outros.
Se a eleição fosse hoje, o candidato da aliança PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, venceria nas redações brasileiras com 31,7% dos votos. O presidente Lula, da coligação PT/PCdoB/PRB), ficaria em segundo, com 20,6%, seguido de perto por Heloisa Helena (PSOL,PSTU,PCB) com 16,2%. Cristovam Buarque, do PDT, teria 3,2%. Nenhum dos outros candidatos pontuou na pesquisa. Se declararam indecisos 15,2%, enquanto 13% afirmaram que votarão em branco ou nulo. A pesquisa aferiu a intenção de voto apenas no primeiro turno da eleição.
No quesito rejeição é o presidente Lula quem lidera a pesquisa: 36% dos entrevistados responderam que…
SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página de Ricardo Noblat na internet, no endereço www.noblat.com.br.
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